Prepare o bolso: café vai ficar mais caro nos próximos meses
Os amantes de café já podem se preparar para as próximas idas às compras. De acordo com a Associação Paulista de Supermercados (APAS), o café está com uma tendência de alta nos preços para o segundo semestre.
Além disso, o café apresentou a maior inflação desde 2002, conforme indica o Índice de Preço dos Supermercados (IPS/FIPE). Em maio, o café em pó subiu 1,74%. Entre os primeiros cinco meses do ano, o acumulado da alta no preço foi de 14,55%. Já nos últimos 12 meses, a elevação chegou a 80,80%.
O café solúvel também ficou mais caro. No último ano, a inflação avançou 19,36%.
Safra fraca
O Departamento de Economia da APAS indicou que o preço da saca do café arábica ganhou força nos últimos 12 meses e registrou uma elevação média de 172%, por causa da redução na produção e baixos níveis de estoque.
O economista da APAS, Diego Pereira, explica que o volume produzido de café arábica em 2022 sofreu uma redução de 26% se comparado ao ano de 2020.
“Parte da redução está ligada à característica da cultura do café, na qual a florada é abundante a cada 2 anos. A escassez pluviométrica agravou ainda mais o desenvolvimento dos pés nas principais regiões produtoras. Esse resultado não é sentido desde 2014, quando o país passou por problemas climáticos parecidos com os de hoje”, afirma.
Além das vertentes climáticas, o volume de café exportado de janeiro a maio de 2022 foi 12% inferior ao mesmo período de 2021, provocando uma pressão interna no preço da commodity.
Logo, o produto, que era negociado em torno de R$ 483,25 em junho de 2021, chegou a R$ 1.316,85 em junho deste ano.
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