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Preparativos safrinha: Cenário atual das commodities favorece investimentos; entenda

14 nov 2023, 11:42 - atualizado em 14 nov 2023, 11:42
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As chuvas, ou a falta delas, podem impactar a safrinha. Dessa forma, é importante se organizar para eventuais mudanças climáticas (Imagem: VientoCuatroStock/Canva)

Em outubro, o Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF), apurado pela Mosaic Fertilizantes, registrou alta de 1,02, impulsionado pela alta de 2% nos preços dos adubos.

O patamar ainda favorece a relação de troca nesse momento de final de safra de verão e preparativos para a safrinha.

O estudo leva em conta os indicadores de preços de fertilizantes e os de commodities agrícolas, calculando as principais lavouras brasileiras de soja, milho, açúcar, etanol e algodão.

Além disso, uma comparação em relação à base de 2017 é feita, indicando que quanto menor a relação, mais favorável o índice, e melhor a relação de troca.

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O que favoreceu as perspectivas para a safrinha?

Durante o mês de outubro, o preço das commodities impulsionou uma queda média de 2,4% ante setembro, liderada pela soja (-5%), “uma vez que a oferta do grão está muito alta com as expectativas de forte safra nos Estados Unidos”, apontou a pesquisa.

Em sequência de quedas nos preços, vem algodão (-3%) e cana-de-açúcar (- 1%), com exceção apenas do milho, sendo a única commodity a não apresentar queda, e sim alta, de em média 0,5%.

Apesar de o Brasil enfrentar um ano de “La Niña”, com diversas incertezas climáticas, ainda há perspectiva de uma safra volumosa.

Já em questão ao preço dos fertilizantes, houve um avanço de 0,6%. O fosfato monoamônico (MAP), subiu cerca de 3%, enquanto a Ureia em torno de 2%.

Por outro lado, o preço do Superfosfato (SSP) e Cloreto de potássio (MOP) registraram em média uma queda de 6% e 1%, respectivamente.

O que pode impactar a safrinha?

Para a colheita da safra norte-americana, “é esperada uma grande produção do país”, embora o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) tenha feito uma série de cortes nos números dos últimos relatórios.

Já para o Brasil, “o plantio da safra de verão tem acontecido e ainda traz perspectivas altas, apesar de estar um pouco atrasado em algumas regiões”.

“As chuvas da última semana de outubro e das primeiras semanas de novembro, ditarão o que deve acontecer no cenário agronômico”, apontou o estudo.

A falta de chuva em algumas áreas do centro-oeste, impactam a plantação, e desta forma terão que ser replantadas. Esse seria um dos fatores a afetar a janela da próxima safrinha de milho.

Além disso, com um aumento nas chuvas em áreas do sul e sudeste, um acúmulo logístico já é observado, o que pode atrasar a entrega de fertilizantes e descarga de navios. Dessa forma, é importante que o agricultor se planeje para receber as cargas com antecedência.

Em outubro, também houve incertezas globais em vista dos conflitos geopolíticos no Oriente Médio, o que apesar de não impactar diretamente o setor do agronegócio, o assunto segue em radar de atenção como um todo.