Preocupações comerciais pesam sobre índices europeus
As ações europeias atingiram as mínimas em seis meses em uma sessão volátil nesta quinta-feira, com a bolsa de Londres caindo mais de 1%, já que o alerta da China para retaliações contra as tarifas dos Estados Unidos aumentou os temores acerca do impacto contínuo da guerra comercial sobre o crescimento global.
O índice FTSEurofirst 300 caiu 0,28%, a 1.438 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 perdeu 0,29%, a 365 pontos, depois de chegar a cair 1% na sessão, para o menor nível desde 11 de fevereiro.
O índice pan-europeu STOXX 600 devolveu algumas perdas depois que os futuros de ações dos EUA ficaram positivos e os fortes números de vendas no varejo norte-americano ajudaram Wall Street a abrir em alta.
Nesta quinta-feira, a China prometeu contrapor as últimas tarifas norte-americanas sobre 300 bilhões de dólares de produtos chineses, mas pediu a Washington que as duas partes encontrem um meio-termo em um possível acordo comercial.
O presidente Donald Trump disse que qualquer pacto teria de ser feito nos termos dos Estados Unidos. Ele também disse na quarta-feira que fará um acordo comercial com a China somente depois que a China encontrar uma solução humanitária para semanas de protestos em Hong Kong.
As ações enfrentaram altos e baixos nas últimas duas semanas, afetadas por novas ameaças tarifárias dos EUA à China, seu subsequente adiamento, temores de recessão, problemas políticos na Itália e os protestos em Hong Kong.
Se as quedas continuarem neste ritmo, o principal índice da Europa pode cair além da queda de 5,7% de maio, que foi a maior em mais de três anos.
Em Londres, o índice Financial Times recuou 1,13%, a 7.067 pontos.
Em Frankfurt, o índice DAX caiu 0,70%, a 11.412 pontos.
Em Paris, o índice CAC-40 perdeu 0,27%, a 5.236 pontos.
Em Milão, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 2,53%, a 20.020 pontos.
Em Madri, o índice Ibex-35 registrou baixa de 0,04%, a 8.519 pontos.
Em Lisboa, o índice PSI20 desvalorizou-se 0,68%, a 4.718 pontos.