Agronegócio

Premix tenta agregar valor ambiental fabricando ração com energia solar

16 jul 2019, 14:32 - atualizado em 16 jul 2019, 14:32
Energia solar faz rodar fábrica da Premix, substituindo totalmente as fontes tradicionais

Cresce o número de empresas empregando meios sustentáveis em algumas de suas etapas dos processos produtivos, mesmo que possam ser dispensáveis em não se tratando de insumos usados diretamente nos bens que chegarão ao consumo final.

Além de ajudar o meio ambiente, por que não agregar valor à marca, associando-a a uma causa nobre em um setor crivado de desconfianças, como é o agronegócio. E, melhor ainda, se reverter em algum momento em custo produtivo menor, após a amortização dos investimentos.

A Premix fabrica rações e suplementos animais, mas começou a usar a energia elétrica provida de uma usina fotovoltaica na sua unidade de Araguaína. Mal comparando, o valor ambiental é o mesmo da Trouw Nutrition, que emprega em suas 160 viaturas obrigatoriamente apenas etanol, como mostrou Money Times (03/07).

Tudo que era consumido de eletricidade originária de fontes mais tradicionais na fábrica do Tocantins agora vem da captação da luz solar, explica Vladimir Lizarte, coordenador industrial do grupo Premix.

Em uma região onde o que não falta é sol, a usina da Premix está sendo responsável pela geração de 56.000 KW mensais, em 2,7 mil m2, com 1.440 painéis fotovoltaicos.

Sem revelar investimentos e qual a meta de replicação do sistema às outras três unidades fabris, sendo a sede em Patrocínio Paulista (SP), o executivo da Premix conta que o sistema renovável equivale à preservação de mais de 15 mil árvores em 25 anos e a uma redução de 8,24 milhões de kg de CO2 lançados na atmosfera no mesmo período.

Para os cofres da Premix, o retorno do capital investido pode se dar em sete anos, com uma economia de 50% para cima, segundo dados médios divulgados pelo setor projetista e fabricante de usinas dessa natureza.

Os clientes da empresa em Tocantins, Pará e Maranhão de rações e suplementos (bovinos de corte e leite, equinos, ovinos e caprinos) não sentirão a menor diferença, mas o grupo, um dos maiores do Brasil no setor de nutrição animal, sim.

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