Prêmio de risco no longo prazo ignora euforia e continua elevado
Apesar de os mercados globais, e as repercussões internas, darem sustento ao décimo primeiro pregão positivo consecutivo do Ibovespa, os juros de longo prazo (DI) continuam a revelar o ceticismo dos investidores sobre um período mais prolongado de calmaria no Brasil. O Ibovespa, principal índice de desempenho das ações negociadas na B3 atingiu seu maior patamar histórico hoje (8) aos 79.378 pontos.
“Apesar da agenda fraca e do feriado de Ano Novo, os principais mercados globais repercutiram um expressivo aumento do apetite de risco, em face das novas expectativas com o gradualismo do juro norte-americano, agora estimado em ritmo mais lento, em face dos dados do emprego considerados fracos”, avalia o analista sênior do BB Investimentos Carlos Odo em um relatório enviado a clientes.
Ele ressalta que o movimento favorece a liquidez internacional e estimula a demanda por ativos de risco, beneficiando os mercados emergentes. Como resultado, a renda fixa doméstica recuou em suas principais curvas de rendimentos, de modo generalizado, como reflexo da força compradora.
“Por outro lado, cabe destacar que os prêmios de risco no longo prazo continuam elevados – a propósito, a análise gráfica do contrato DI de jan/2027 revela uma tendência de sustentação do yield na linha dos 10,50%, mesmo após o derivativo ter testado níveis menores ao longo da semana, mantendo a ponta longa elevada e reforçando esta tendência”, explica.