Internacional

Premiê japonês pede que governos tenham responsabilidade com não proliferação de armas nucleares

01 ago 2022, 17:28 - atualizado em 01 ago 2022, 17:28
“O mundo está preocupado com a ameaça de catástrofe com o uso de armas nucleares tenha surgido novamente”, disse Kishida (Imagem: Yoshikazu Tsuno/REUTERS)

O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, fez um apelo nesta segunda-feira para que todos os países nucleares se portem de maneira “responsável” nas iniciativas de não-proliferação, em um momento em que, segundo ele, o caminho para um mundo sem armas nucleares se tornou muito mais difícil.

Kishida, líder do único país que já sofreu ataques nucleares em tempos de guerra, alertou que as disputas globais estão se aprofundando, especialmente após a invasão da Ucrânia pela Rússia, com o presidente russo, Vladimir Putin, indiretamente aumentando a possibilidade de um ataque nuclear.

A Coreia do Norte, que conduziu uma série de testes de mísseis neste ano, também pode estar se preparando para um teste nuclear.

“O mundo está preocupado com a ameaça de catástrofe com o uso de armas nucleares tenha surgido novamente”, disse Kishida em um discurso.

“É preciso ser dito que o caminho para um mundo sem armas nucleares se tornou, repentinamente, ainda mais difícil”.

Kishida falou na Conferência de Revisão das Partes do Tratado de Não-proliferação de Armas Nucleares (NPT) na sede da Organização das Nações Unidas em Nova York, tornando-se o primeiro líder japonês a fazê-lo.

Nascido em Hiroshima, cidade que, em 6 de agosto de 1945 foi a primeira do mundo a sofrer um ataque com uma bomba atômica nos últimos dias da Segunda Guerra Mundial, Kishida transformou a não-proliferação nuclear em uma de suas causas.

O segundo ataque nuclear, à cidade de Nagasaki, aconteceu três dias depois de Hiroshima.

Kishida era ministro das Relações Exteriores do país quando o então presidente dos EUA, Barack Obama, visitou Hiroshima em 2016, como o primeiro líder norte-americano em exercício a fazê-lo, e escolheu Hiroshima como a sede da próxima cúpula do G7, no ano que vem.

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