Premiê da Austrália diz que colapso nas relações EUA-China seria devastador
O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, pediu na sexta-feira um maior envolvimento entre os Estados Unidos e a China, dizendo que um colapso no diálogo entre as superpotências pode ter consequências devastadoras para o mundo.
A relação entre os Estados Unidos e a China está em seu ponto mais baixo em décadas, com os dois países profundamente divididos sobre tudo, desde a soberania de Taiwan até espionagem cibernética e disputas territoriais no Mar da China Meridional.
Falando na abertura da cúpula de segurança Diálogo Shangri-La em Cingapura, Albanese disse que apoia os esforços do presidente dos EUA, Joe Biden, para abrir canais de comunicação com a China.
“Se você não tem a válvula do diálogo… sempre há um risco muito maior de as suposições se transformarem em ações e reações irrecuperáveis”, declarou Albanese em um salão repleto de autoridades de defesa e diplomatas de todo o mundo.
“As consequências de tal colapso — seja no Estreito de Taiwan ou em outro lugar — não se limitariam às grandes potências ou ao local do conflito, seriam devastadoras para o mundo”, acrescentou.
A intensificação da competição entre os EUA e a China deve dominar os procedimentos na cúpula. O ministro da Defesa Nacional da China, Li Shangfu, recusou nesta semana um convite para se encontrar com o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin.
Nesta sexta-feira, os dois apertaram as mãos à margem da conferência, mas não tiveram uma “troca substantiva”, disse o Pentágono.
Austin deve discursar na cúpula no sábado antes de Li fazer seu discurso no domingo.