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Prejuízo maior não impede avanço da Via Varejo; alta reflete otimismo com empresa

14 nov 2019, 11:34 - atualizado em 14 nov 2019, 11:37
No entanto, perspectivas positivas quanto ao crescimento da empresa e da economia brasileira influenciam na aposta dos investidores na valorização futura dos papéis da companhia (Imagem: Facebook via varejo)

Por Investing.com

Depois de informar que fechou o terceiro trimestre com prejuízo de R$ 244 milhões, as ações da Via Varejo (VVAR3) iniciaram os negócios em queda na manhã desta quinta-feira na bolsa paulista.

No entanto, perspectivas positivas quanto ao crescimento da empresa e da economia brasileira influenciam na aposta dos investidores na valorização futura dos papéis da companhia

Com isso, por volta das 11h12, as ações eram negociadas com valorização de 1,28% a R$ 7,11, com a mínima em do dia em R$ 6,72.

Balanço

A companhia, que na véspera assustou o mercado ao informar que abriu investigação para apurar denúncias anônimas de irregularidades contábeis, ampliou o prejuízo em relação ao mesmo período do ano passado. Um ano antes, o resultado também havia sido negativo, em R$ 38 milhões.

Já o resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado foi de 242 milhões de reais, queda de 42,5% sobre o desempenho do terceiro trimestre de 2018. Segundo dados da Refinitiv, analistas esperavam, em média, prejuízo líquido de cerca de 10 milhões de reais e Ebitda de 249,6 milhões para a Via Varejo, dona das bandeiras Casas Bahia e Ponto Frio.

Denúncia de fraude contábil

A Via Varejo, que na véspera também informou que resultados preliminares das investigações não confirmaram as irregularidades denunciadas, comentou no balanço que o resultado final foi impactado por queda nas vendas de mercadorias e “menor penetração de serviços financeiros”, que levaram a receita líquida recuar 10,7% no período, para 5,69 bilhões de reais.

Vendas

As vendas mesmas lojas recuaram 2,2% no terceiro trimestre ante expansão de 2,6% um ano antes. Mas as vendas no marketplace, operação online que reúne ofertas de terceiros, no conceito GMV subiram 79%, para 463 milhões de reais.

As vendas mesmas lojas recuaram 2,2% no terceiro trimestre ante expansão de 2,6% um ano antes (Imagem: Facebook oficial da via varejo

O desempenho desse segmento foi bem diferente da operação de comércio eletrônico própria da Via Varej, cujo GMV faturado no terceiro trimestre recuou 17,3%, para 1,53 bilhão de reais, afetada por “instabilidade das ferramentas no canal online (sites e aplicativos) e a integração da Cnova”.

Segundo a Via Varejo, em setembro, após ajustes na plataforma online, a empresa pode observar “uma clara evolução de performance do e-commerce e crescimento a partir de então, o que nos dá confiança para a realização de uma grande Black Friday”.

Avaliação dos analistas

O BTG Pactual destaca que planeja revisar os números em breve para a Via Varejo. Embora o terceiro trimestre tenha sido (mais uma vez) muito fraco, os analistas avaliam que há uma série de oportunidades para a empresa alavancar sua escala na operação da B&M, que juntamente com melhores perspectivas econômicas a partir do quarto trimestre devem ser mais importantes para determinar o desempenho das ações.

No entanto, dados os riscos de reformular a plataforma de comércio eletrônico e criar um modelo de negócios multicanal mais robusto, eles ainda têm uma visão estrutural mais conservadora do caso, sustentando o rating Neutro.

Para a Mirae Asset, novamente a empresa registra números abaixo da expectativa, mas espera que no 4T19 finalmente volte a mostrar melhores resultados e que as provisões diminuam, para que possa se beneficiar da melhora no setor de varejo esperada para os próximos trimestres, já impactada pela adoção de medidas do novo management, que entrou recentemente na empresa.

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