Prejuízo da Oi cai 55,4% no trimestre, para R$ 2,6 bilhões, mas dívida líquida cresce
A Oi (OIBR3) apresentou prejuízo líquido consolidado de R$ 2,580 bilhões no terceiro trimestre. A cifra é 55,4% menor que a do mesmo período do ano passado, quando as perdas somaram R$ 5,784 bilhões. Ela também é 26,1% menor que o prejuízo do segundo trimestre.
A forte contenção de custos operacionais e de despesas financeiras foram os principais fatores para a redução das perdas da Oi entre julho e setembro. A receita líquida recuou 5,9%, na comparação com o ano anterior, e ficou em R$ 4,706 bilhões.
Os custos e despesas operacionais, contudo, caíram em ritmo mais acentuado (50%) e somara R$ 3,221 bilhões. Dentro desta rubrica, o destaque ficou com a queda de 98% na linha de tributos e outras despesas. No terceiro trimestre de 2019, a Oi desembolsou R$ 2,862 bilhões com essa conta. Neste ano, ela foi de apenas R$ 45 milhões.
Dívida versus caixa
A operadora também reduziu as despesas financeiras em 23,6%, para R$ 2,961 bilhões.
O ebitda, importante parâmetro para a geração de caixa, ficou positivo em R$ 1,485 bilhão. Com isso, reverteu o fluxo negativo de R$ 1,447 bilhão registrado um ano antes. A conta também melhorou em relação ao segundo trimestre, quando somou R$ 1,359 bilhão. A margem ebitda foi de 31,6%, ante -28,9%, há um ano, e 29,9% de abril a junho.
Em recuperação judicial, a Oi encerrou setembro com R$ 5,686 bilhões em caixa, abaixo dos R$ 6,073 bilhões de junho. A dívida líquida cresceu 44,4% na comparação anual, e alcançou R$ 21,243 bilhões. Ela também ficou acima dos R$ 20,043 bilhões registrados em junho.
Veja o relatório de resultados da Oi.