Prejuízo da Natura cresce no 1º trimestre e atinge R$ 820,8 milhões
O prejuízo líquido consolidado da Natura&Co (NTCO3) subiu para R$ 820,8 milhões no primeiro trimestre de 2020, de acordo com os dados financeiros divulgados pela holding ontem (7). No mesmo período do ano passado, a companhia havia reportado prejuízo de R$ 82 milhões.
A receita líquida, por sua vez, cresceu 1,9%, tendo o valor passado de R$ 7,3 bilhões para R$ 7,5 bilhões. O resultado foi influenciado pelo crescimento das vendas online diante da quarentena imposta pelos governos para conter a disseminação do coronavírus.
“Do ponto de vista dos negócios, essa crise revelou a resiliência extraordinária da Natura e a força de seu modelo multicanal. Em todas as nossas marcas, as vendas digitais ajudaram a compensar o impacto do fechamento das lojas da The Body Shop e da Aesop, e nós fortalecemos o social selling em resposta ao distanciamento social”, comentou Roberto Marques, presidente-executivo do conselho de administração e CEO da companhia.
O Ebitda, que mede a geração operacional de caixa da companhia, teve queda de 75,5%. De R$ 593,5 milhões, o montante caiu para R$ 145,3 milhões.
Integração da Avon
A integração da Avon continua avançando aceleradamente.
“As equipes estão trabalhando juntas, e a capacidade não utilizada de uma fábrica da Avon foi usada para produzir itens essenciais da Natura”, complementou Marques.
Devido ao rápido progresso da integração, a Natura aumentou a meta de sinergia total da operação para US$ 300 milhões a US$ 400 milhões nos próximos quatro anos.
A companhia também decidiu pelo cancelamento de suas projeções para o exercício de 2022 devido à consolidação da Avon e à imprevisibilidade econômica.