Prejuízo da BrasilAgro (AGRO3) salta para R$ 30,1 milhões no 3T24, devido às mudanças climáticas
A BrasilAgro (AGRO3) viu seu prejuízo líquido disparar de R$ 3,3 milhões para R$ 30,1 milhões, entre o terceiro trimestre de 2023 (3T23) e o terceiro trimestre de 2024 (3T24). Para a companhia, o terceiro trimestre corresponde ao período entre janeiro e março de cada ano, já que a BrasilAgro acompanha o ano-safra.
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No acumulado de nove meses do ano-safra de 2024, que vai de julho de 2023 a março de 2024, o prejuízo líquido ficou em R$ 5,9 milhões. As perdas contrastam com o lucro líquido de R$ 25,8 milhões dos noves meses anteriores (julho/22 a mar/23).
Na mensagem que acompanha os resultados divulgados nesta quarta-feira (8), o CEO da empresa, André Guillaumon, atribuiu o mau resultado às “condições climáticas desfavoráveis, que resultaram em baixas precipitações e temperaturas acima do normal nas principais regiões produtoras, ocasionando atraso do plantio e perdas na produtividade.”
A receita líquida total, que inclui a receita operacional, imobiliária e a variação do valor justo dos ativos biológicos, caiu 47% na comparação com 12 meses atrás, somando R$ 132,9 milhões. O ebitda total ajustado despencou 87%, baixando de R$ 44,2 milhões para R$ 5,6 milhões.
BrasilAgro (AGRO3) perde ebitda e dívida líquida dispara
No acumulado de nove meses (jul/23 a mar/24), o ebitda total ajustado somou R$ 16,4 milhões. A cifra representa um tombo de 90% sobre os R$ 168,4 milhões do período anterior (jul/22 a mar/23).
Outro dado que deve desagradar os analistas é o aumento do endividamento. A BrasilAgro encerrou março com dívida líquida ajustada de R$ 481,5 milhões. Na comparação oferecida pela própria empresa, em 30 de junho do ano passado, essa conta era de R$ 60 milhões. Com isso, a relação dívida líquida/ebitda ajustado foi catapultada de 0,11 vez para 1,26 vez na mesma comparação.
Veja o release de resultados do 3T24 (jan/24 a mar/24) da BrasilAgro (AGRO3):