Preferimos outras cervejarias à Ambev, diz UBS; recomendação é de venda
O UBS disse continuar preferindo outras cervejarias globais à Ambev (ABEV3), de acordo com um relatório divulgado pelo banco nesta segunda-feira (28). Para o analista Alan Alanis, o resultado operacional fraco apresentado e o aumento da participação dos players concorrentes no segmento são sinais dos desafios que a companhia vem enfrentando.
“Em meio a esse cenário desafiador da Ambev, a imprensa reportou que a Heineken irá dobrar sua capacidade no Brasil até junho de 2020, adicionando mais pressão ao market share”, complementou Alanis.
Na última sexta-feira (25), a Ambev apresentou seu desempenho referente ao terceiro trimestre do ano. O lucro líquido da empresa caiu 9,7% ante o mesmo período de 2018, refletindo na estagnação dos volumes.
A receita líquida subiu 8,1%, totalizando R$ 11,9 bilhões, enquanto os volumes aumentaram apenas 0,8% e atingiram 37,8 milhões de hectolitros.
O custo total de produtos vendidos apresentou alta de 19,8%, chegando a R$ 5,2 bilhões.
O Ebtida ajustado ficou em R$ 4,41 bilhões, queda de 4%. O mercado projetava em torno de R$ 4,8 bilhões.
“Apesar dos volumes mais baixos e da contínua estratégia de ‘premiunização’, a margem Ebitda para a divisão registrou sua quinta contração consecutiva trimestral”, reforçou o analista do UBS.
Recomendação
O banco reitera sua recomendação de venda com preço-alvo de R$ 16 baseado em 20 vezes o P/L (Preço/Lucro) para o fim de 2020. A desvalorização em 12 meses é de 9%.