Prefeito do Rio reavalia projeto de demarcar espaços na areia das praias
O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, está reavaliando a ideia de criar espaços demarcados na faixa de areia das praias da cidade para permitir que cariocas e turistas tomem banho de sol, informou a prefeitura nesta quinta-feira, apesar de muitas pessoas ignorarem diariamente essa proibição.
A reavaliação ocorre depois de uma série de críticas e polêmicas sobre a ideia, em especial à proposta da prefeitura de criar um aplicativo para reserva de até 30% dos espaços demarcados na faixa de areia, enquanto o restante seria ocupado por ordem de chegada na praia.
A viabilidade do chamado “cercadinho” na areia, a implementação das demarcações e a dificuldade de fiscalização colocaram em dúvida o projeto.
“O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, está reavaliando a proposta de demarcar a areia de praias por reserva de espaço em aplicativos, devido a confusões e controvérsias geradas pela ideia, cujo objetivo é evitar as aglomerações de banhistas”, informou em nota a prefeitura do Rio de Janeiro.
Antes de tentar emplacar a ideia das demarcações da areia, Crivella disse que só liberaria o banho de sol quando houvesse vacina ou remédio contra o novo coronavírus, ou se o nível de transmissão estivesse perto de zero.
“O prefeito tem ouvido observações e críticas também da própria imprensa, e estuda internamente o melhor encaminhamento, podendo realizar uma consulta popular – ainda a decidir”, adicionou a prefeitura.
Mesmo com a proibição do banho de sol durante a pandemia para evitar aglomerações, turistas e cariocas têm lotado praias da cidade, principalmente aos finais de semana, desrespeitando as regras.
O acesso às praias no Rio vem sendo flexibilizado ao longo da retomada das atividades na cidade durante a pandemia da Covid-19.
Primeiro foram autorizados os esportes aquáticos, depois exercícios na areia e, em seguida, esportes com bola durante a semana.
No fim de julho, a prefeitura autorizou o banho de mar e a presença de vendedores ambulantes, mas sem vender bebidas alcoólicas.
Apesar de ter registrado queda no número de casos novos nas últimas semanas, o Rio de Janeiro ainda está entre as capitais estaduais mais atingidas pela Covid-19 no Brasil, com mais de 78.500 casos e 8.766 óbitos até o momento.