Preços na indústria caem 4,94% nos últimos dois meses com impacto do petróleo, mostra IBGE
A indústria registrou deflação de 1,96% em setembro ante agosto deste ano, conforme aponta o Índice de Preços ao Produtor (IPP). O IBGE divulgou os dados nesta quarta-feira (26).
Essa é a segunda maior queda nos preços do setor desde o início da série histórica, em 2014. No mês anterior, o setor registrou queda recorde de 3,04%.
Com isso, nos últimos dois meses, o setor acumulou queda de 4,94% apenas nos últimos dois meses.
Felipe Câmara, analista da pesquisa da indústria, ressalta que a última vez que houve uma sequência de dois meses de resultado negativo foi há mais de três anos.
“Estamos diante de um movimento continuado, com os determinantes das reduções no nível geral de preços exercendo influência ao longo de um período que se estende para mais do que um único ponto da série”, aponta.
Ainda assim, a indústria acumula inflação 9,76% nos 12 meses encerrados em setembro. Já no acumulado do ano, o IPP tem alta de 5,87%, ainda segundo o IBGE.
Destaques
O IPP mede os preços dos produtos “na porta de fábrica, ou seja, sem impostos e fretes”, e abrange as grandes categorias econômicas: bens de capital, bens intermediários e bens de consumo.
O principal contribuinte para o resultado da inflação em setembro foi a indústria do refino de petróleo e biocombustíveis, que teve a maior variação negativa (-6,79%) e a maior influência (-0,89 ponto percentual) no resultado geral.
Outras atividades em destaque foram alimentos, com -0,27 ponto percentual de influência, metalurgia (-0,24 ponto percentual).
Siga o Money Times no Instagram!
Conecte-se com o mercado e tenha acesso a conteúdos exclusivos sobre as notícias que enriquecem seu dia! Todo dia um resumo com o que foi importante no Minuto Money Times, entrevistas, lives e muito mais… Clique aqui e siga agora nosso perfil!
Saiba mais! HENRIQUE MEIRELLES FALA SOBRE POLÍTICA ECONÔMICA E UMA POSSÍVEL VOLTA AO GOVERNO!
Disclaimer
O Money Times publica matérias informativas, de caráter jornalístico. Essa publicação não constitui uma recomendação de investimento.