Preços globais dos alimentos recuam em julho pelo segundo mês consecutivo, diz FAO
Os preços mundiais dos alimentos caíram pelo segundo mês consecutivo em julho, após cinco altas mensais consecutivos anteriormente, puxados pelas quedas nos preços de alguns cereais, laticínios e açúcar, informou a agência de alimentos da ONU nesta quinta-feira.
O índice de preços de alimentos da Organização para Agricultura e Alimentação (FAO), que mede as variações mensais de uma cesta de cereais, oleaginosas, laticínios, carnes e açúcar, ficou em média de 170,9 pontos no mês passado, ante 172,7 pontos revisados em junho.
O número de junho havia sido divulgado anteriormente como 173,0.
A FAO não atualizou sua previsão para a produção mundial de cereais. A próxima estimativa será divulgada em 5 de setembro.
O índice de preços de cereais da FAO caiu 2,7% em relação a junho devido aos menores preços do trigo e do milho, mas ainda subiu 4,1% em relação ao nível de julho do ano passado. O índice de preços do arroz da FAO marcou seu quinto mês sucessivo de estabilidade, disse a agência.
O índice de preços de laticínios da FAO caiu 2,9% em relação a junho, o segundo mês consecutivo de queda, com recuo de quase 3% em comparação com o mesmo mês do ano passado. As cotações da manteiga foram as que mais caíram, seguidas por queijo e leite em pó integral.
O índice de preços do açúcar da FAO caiu 0,6% em julho em relação ao mês anterior, principalmente devido às expectativas de maior produção de cana-de-açúcar na Índia, o maior produtor de açúcar do mundo, após chuvas acima da média nas principais regiões produtoras de açúcar.
Por outro lado, o índice de preços do óleo vegetal aumentou 0,8% em relação ao mês anterior, com os preços do óleo de soja e girassol mais firmes mais do que compensando uma queda nos valores do óleo de palma. O índice ainda estava 11% abaixo do nível do ano passado.
O índice de preço da carne subiu 0,6% em julho ante junho, registrando o sexto mês consecutivo de aumento moderado.