Preços em alta minam crescimento do Reino Unido e aumentam risco de recessão
A economia do Reino Unido cresceu menos do que o esperado em julho, com o forte aumento nas tarifas de energia possivelmente reduzindo a demanda por eletricidade e um salto no custo de materiais atingindo o setor de construção.
O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,2% em relação a junho, mostraram dados oficiais nesta segunda-feira, abaixo da previsão mediana de 0,4% e deixando a economia em risco de entrar em recessão.
Nos três meses até julho, o PIB ficou estável em relação ao trimestre anterior.
“Evidências anedóticas sugerem que pode haver alguns sinais de mudanças no comportamento do consumidor e menor demanda em resposta ao aumento dos preços”, disse o Escritório de Estatísticas Nacionais (ONS) sobre uma queda de 3,4% na geração de energia.
Os preços da eletricidade saltaram 54% nos 12 meses até julho, parte do aumento nos custos de energia que levou a nova primeira-ministra Liz Truss a anunciar um teto nas tarifas domésticas de energia na semana passada.
Isso –e uma esperada rodada de cortes de impostos prometidos por Truss– reduziu o risco de um grave golpe na economia a partir do final deste ano, embora a um custo de 100 bilhões de libras (116 bilhões de dólares) ou mais para as já sobrecarregadas finanças públicas do Reino Unido.
No mês passado, o Banco da Inglaterra previu que a quinta maior economia do mundo entrará em recessão no final de 2022 e não sairá dela até o início de 2024, devido em grande parte ao impacto nos padrões de vida do aumento dos preços da energia, causado principalmente pela guerra na Ucrânia.
“Nossa expectativa é que a economia do Reino Unido se contraia no terceiro trimestre de 2022, após sua contração de -0,1% no segundo trimestre de 2022”, disse Jake Finney, economista da PwC. “Isso significaria que o Reino Unido entraria em uma recessão técnica pela primeira vez desde que as restrições de bloqueio terminaram”.
O PIB caiu 0,6% em junho, mês que incluiu dois dias de feriados para comemorar os 70 anos da falecida rainha Elizabeth no trono britânico. Um porta-voz do ONS disse que o impacto dos feriados não foi um grande fator em julho.
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