Preços do petróleo têm pouca alteração, apesar de plano da Opep+ para novos cortes
Os contratos futuros do petróleo se mantiveram praticamente estáveis nesta quinta-feira, apesar dos planos da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados para os mais profundos cortes de produção desta década, visando evitar um excesso de oferta da commodity.
O acordo seria válido pelos primeiros três meses de 2020, um período surpreendentemente curto, sem a extensão que os mercados aguardavam, além de excluir das restrições a produção de condensados de países aliados não membros da Opep, como a Rússia.
Os futuros do petróleo Brent fecharam a 63,39 dólares por barril, alta de 0,39 dólar, ou 0,6%.
O petróleo dos Estados Unidos terminou a sessão a 58,43 dólares o barril, estável ante o fechamento anterior, após tocar seu maior valor desde o final de setembro no início da sessão.
Um painel ministerial membros-chave da Opep e aliados, estes liderados pela Rússia, que formam um grupo conhecido como Opep+, recomendou que os cortes de produção sejam aprofundados em 500 mil barris por dia no primeiro trimestre de 2020, de acordo com o ministro de Energia russo, Alexander Novak.
Os ministros da Opep se reuniram nesta quinta-feira em Viena. A Opep+ voltará a se encontrar na sexta-feira para votar a prorrogação do pacto.
“Estamos ansiosamente no aguardo de qual será de fato o anúncio. É por isso que operamos nesse sobe e desce”, disse Phil Flynn, analista do Price Futures Group.
Os futuros do petróleo devolveram os ganhos do início da sessão após o painel ministerial também recomendar que os dados sobre a produção de condensado sejam excluídos das cotas de produção da Rússia e de outros países não membros da Opep.