Preços do petróleo superam US$ 110 o barril, com poucas alternativas à oferta russa
O petróleo subiu implacavelmente acima de 110 dólares o barril nesta quarta-feira, estendendo seu rali desde que a Rússia invadiu a Ucrânia há sete dias, com expectativas de que o mercado permanecerá com falta de oferta nos próximos meses após sanções a Moscou e um enxurrada de desinvestimentos de ativos de petróleo russos por grandes empresas.
O mercado se recuperou no fechamento das negociações com grande volume, com o petróleo Brent de referência global encerrando o dia em seu maior fechamento desde junho de 2014, enquanto o fechamento do petróleo dos EUA foi o mais alto desde maio de 2011.
O rali do petróleo foi dramático, com o Brent ganhando mais de 15% apenas nesta semana, enquanto o Ocidente respondeu à invasão de Moscou com inúmeras sanções, que visaram transações financeiras e bancos, destinadas a prejudicar a economia da Rússia.
Embora o setor de energia não tenha sido especificamente atingido, as sanções prejudicaram as capacidades de exportação da Rússia, cujas exportações de petróleo representam cerca de 8% da oferta global, ou 4 milhões a 5 milhões de barris por dia, mais do que qualquer outra nação além da Arábia Saudita.
“Parece cada vez mais que o mercado está precificando uma interrupção no fornecimento de pelo menos parte dos quase 4 milhões de barris por dia de petróleo que são vendidos nos EUA e na UE”, disse Andrew Lipow, presidente da Lipow Oil Associates em Houston.
O petróleo Brent tocou o pico de 113,94 dólares o barril durante a sessão, antes de fechar a 112,93 dólares, alta de 7,96 dólares, ou 7,6%.
O petróleo dos EUA (WTI) atingiu a máxima de 112,51 dólares o barril, e fechou em alta de 7,19 dólares, ou 7%, a 110,60 dólares.