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Preços do petróleo operam em queda antes de dados sobre estoques dos EUA

29 nov 2017, 9:34 - atualizado em 29 nov 2017, 9:34

Investing.com – Os preços do petróleo estavam novamente na defensiva nesta quarta-feira, ampliando as perdas na semana em meio a especulações de que os dados semanais dos estoques, previstos ainda para este dia, apresentarão um surpreendente aumento nos estoques norte-americanos de petróleo bruto.

Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA, na sigla em inglês), divulgará seu relatório semanal oficial de oferta de petróleo referente à semana encerrada em 24 de novembro às 13h30 desta quarta-feira.

Após os mercados fecharem na terça-feira, o Instituto Americano de Petróleo (API, na sigla em inglês) afirmou que os estoques de petróleo dos EUA tiveram aumento de 1,8 milhão de barris na semana passada. Isso se compara às expectativas dos analistas de redução em torno de 3,1 milhões de barris.

O API também mostrou uma queda de 1,5 milhão de barris nos estoques de gasolina, ao passo que estoques de destilados tiveram um aumento de 2,7 milhões de barris.

Frequentemente há fortes divergências entre os as estimativas do API e números oficiais da EIA.

As crescentes incertezas quanto à possível extensão dos cortes na produção feitos por grandes produtores de petróleo baixavam ainda mais os ânimos.

Contratos futuros do petróleo bruto West Texas Intermediate recuavam US$ 0,23, ou cerca de 0,4%, com o barril negociado a US$ 57,76 às 06h30. Caíram 0,2% no dia anterior.

Além disso, o petróleo Brent, referência para preços do petróleo fora dos EUA, recuava US$ 0,29, ou cerca de 0,5%, para US$ 62,95 o barril.

Os preços do petróleo ampliaram seu declínio pela segunda sessão na terça-feira uma vez que dúvidas quanto à extensão do acordo de cortes na produção na reunião de quinta-feira da Opep pesavam.

Ministros do petróleo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e outros importantes produtores se reunirão em Viena na próxima quinta-feira para decidir se estendem seu acordo atual sobre a produção para além do prazo de encerramento em março de 2018.

A maioria dos analistas do mercado espera que o cartel do petróleo estenda os cortes na produção por mais nove meses até o fim do ano que vem, mas os termos não estão muito claros uma vez que a Rússia emitiu sinais contraditórios se irá ou não apoiar esta decisão.

Em novembro do ano passado, a OPEP e outros 11 produtores externos à organização, incluindo a Rússia, concordaram em cortar cerca de 1,8 milhão de barris por dia da produção de petróleo entre 1º de janeiro e 30 de junho. O acordo foi estendido em maio desse ano por um período de nove meses até março de 2018 em uma aposta de reduzir os estoques mundiais e dar sustentação aos preços do petróleo.

Os cortes na produção conduzidos pela Opep têm sido um dos principais catalisadores que sustentaram o rali recente dos preços do petróleo em meio a expectativas de que o reequilíbrio nos mercados de petróleo está em andamento.

Entretanto, temores de que a crescente produção norte-americana teria impacto nos esforços da Opep para retirar o excesso de oferta dos mercados têm evitado que os preços subam muito, de acordo com participantes do mercado.

Em outras negociações de energia nesta terça-feira., contratos futuros de gasolinarecuavam US$ 0,005, ou 0,3%, para US$ 1,758 o galão, ao passo que o óleo de aquecimento tinha queda de US$ 0,007 e era negociado a US$ 1,945 o galão.

Contratos futuros de gás natural avançavam US$ 0,053, ou 1,7%, para US$ 3,180 por milhão de unidades térmicas britânicas, já que modelos de previsão do tempo indicam retorno do clima frio de inverno.