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Preços do petróleo caem com reabertura de Suez e foco em cortes de oferta da Opep+

30 mar 2021, 8:07 - atualizado em 30 mar 2021, 8:07
Petróleo
O petróleo Brent recuava 0,84 dólar, ou 1,29%, a 64,14 dólares por barril, às 8:01 (horário de Brasília) (Imagem: Pixabay)

Os preços do petróleo recuavam nesta terça-feira, após o Canal de Suez ter reaberto para o tráfego e com o foco se voltando para uma reunião da Opep+ nesta semana que deve chegar a um acordo para prorrogar cortes de oferta em meio a perspectivas desanimadoras para a demanda.

O petróleo Brent recuava 0,84 dólar, ou 1,29%, a 64,14 dólares por barril, às 8:01 (horário de Brasília). O petróleo dos Estados Unidos caía 0,89 dólar, ou 1,45%, a 60,67 dólares por barril.

Navios já se movimentavam através do Canal de Suez novamente nesta terça-feira, após rebocadores terem desencalhado o gigante navio porta-contêineres Ever Given, que bloqueou a passagem em uma seção estreita do canal por quase uma semana, gerando um grande congestionamento.

Com preocupações quanto a uma falta de oferta física de petróleo diminuindo, o mercado está se voltando para o encontro de quinta-feira da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados, o grupo conhecido como Opep+.

A Arábia Saudita está pronta a aceitar uma pprorrogaçãodos cortes de oferta até junho, e também estaria apta a prolongar cortes unilaterais de sua produção devido à nova onda de “lockdowns” contra o coronavírus, disse uma fonte com conhecimento do assunto na segunda-feira.

“A oscilação que vimos nos preços significa que a Opep+ provavelmente precisará adotar uma abordagem cautelosa mais uma vez”, disse o banco ING. “Acreditamos que o grupo provavelmente manterá os níveis de produção inalterados, com a Opep+ querendo evitar outra liquidação”, acrescentou.

Atrapalhando os esforços para conter a oferta global, exportações do Irã, membro da Opep, para a China

Em oposição aos esforços para conter a oferta global, o Irã, membro da Opep, tem realizado exportações fora do radar para a China, que tem ignorado sanções dos EUA e das Nações Unidas sobre o país e importado maiores quantidades de petróleo iraniano, de acordo com traders e analistas.

A China pode receber até 1 milhão de barris por dia neste mês em importações do Irã, consideradas petróleo bruto de outras origens.

Uma alta do dólar americano também pesou sobre os preços do petróleo. Como o petróleo é cotado em dólares, uma moeda norte-americana mais forte torna a commodity mais cara para os detentores de outras moedas.