Preços do café sobem na ICE; açúcar bruto também fecha em alta
Os contratos futuros dos cafés arábica e robusta negociados na ICE avançaram nesta sexta-feira, impulsionados em parte por uma ampla recuperação nos mercados financeiros, enquanto os preços do açúcar bruto também subiram.
Café
O contrato maio do café arábica fechou em alta de 1,9 centavo de dólar, ou 1,5%, a 1,285 dólar por libra-peso.
O vencimento havia atingido na quinta-feira uma mínima de 1,2520 dólar, menor nível desde 17 de fevereiro.
Operadores disseram que o fechamento relativamente forte na véspera, com a recuperação das perdas anteriores, ajudou a criar um clima mais altista, e que os ganhos generalizados nos mercados financeiros também forneceram algum suporte.
Manter a produção e realizar a colheita mesmo diante de fortes chuvas são os principais desafios enfrentados pelos cafeicultores da Colômbia neste ano, disse a federação de café do país, acrescentando que os agricultores também trabalham para manter sua renda e evitar casos de Covid-19.
O café robusta para maio avançou 2,5%, para 1.399 dólares a tonelada.
Operadores disseram que o bloqueio do Canal de Suez deu uma dose de apoio ao robusta, já que a rota costuma ser utilizada para o transporte de café do Vietnã para as produtoras de café instantâneo da Europa.
Açúcar
O contrato maio do açúcar bruto fechou em alta de 0,1 centavo de dólar, ou 0,7%, a 15,19 centavos de dólar por libra-peso, afastando-se da mínima de três meses registrada na quinta-feira, quando tocou a marca de 15,01 centavos.
O já esperado início de colheita lento no centro-sul do Brasil e as preocupações com o congestionamento nos portos do país ajudaram a sustentar os preços.
O açúcar branco para maio recuou 2,10 dólares, ou 0,5%, para 437,10 dólares a tonelada.
Produtores de beterraba sacarina na Europa estão reduzindo os plantios neste ano, desestimulados pelos fracos rendimentos e baixos preços.