Petróleo

Preços de petróleo saltam para máximas de vários anos com crise energética global

11 out 2021, 15:40 - atualizado em 11 out 2021, 15:54
Os preços do carvão, gás e eletricidade também subiram para níveis recordes nas últimas semanas (Imagem: REUTERS/Angus Mordan)

Os preços do petróleo subiram cerca de 2% nesta segunda-feira, estendendo ganhos, enquanto uma crise de energia atinge as principais economias globais em meio a uma recuperação na atividade econômica e restrição no fornecimento de grandes produtores.

O Brent estava em alta de 1,45 dólar, ou 1,8%, para 83,84 dólares por barril às 10:36 (horário de Brasília), a maior alta desde outubro de 2018.

O petróleo dos EUA (WTI) subiu 1,71 dólar, ou 2,2%, para 81,06 dólares, para seu maior valor desde o final de 2014.

“Os preços do petróleo devem continuar subindo no curto prazo”, disse o analista do Commerzbank, Carsten Fritsch.

Coatções

As cotações aumentaram à medida que mais populações vacinadas são retiradas dos lockdowns contra o coronavírus, apoiando uma retomada da atividade econômica, com Brent avançando por cinco semanas e o petróleo bruto dos EUA por sete.

O ritmo da recuperação econômica combinado com o clima frio aumentou a demanda por energia, enquanto a pressão sobre os governos para acelerar a transição para uma energia mais limpa desacelerou o investimento em projetos de petróleo para aumentar o abastecimento.

Os preços do carvão, gás e eletricidade também subiram para níveis recordes nas últimas semanas, impulsionados pela escassez generalizada de energia na Ásia, Europa e Estados Unidos.

“A notícia da semana passada de que o Departamento de Energia (dos EUA) não está planejando explorar reservas estratégicas por enquanto está mantendo o mercado de petróleo apertado e está apoiando os preços”, disse o analista do UBS Giovanni Staunovo.

A secretária de Energia dos EUA, Jennifer Granholm, disse na semana passada que o governo estava considerando explorar as reservas emergenciais de petróleo do país para resfriar os preços da gasolina, embora o Departamento de Energia tenha dito mais tarde que “não tinha planos de agir neste momento”.

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