Preços de petróleo operam perto da estabilidade com oferta restrita e efeito de vírus sobre a demanda
Os preços do petróleo operam estáveis nesta segunda-feira, com a disseminação da variante Delta da Covid-19 alimentando temores sobre a demanda futura para o combustível, embora a oferta da commodity pareça estar restrita pelo restante do ano.
Os contratos futuros do Brent para setembro subiram 0,04 dólar a 74,14 dólares por barril às 10:42 (horário de Brasília), enquanto o petróleo dos EUA (WTI) caiu 0,11 dólar para 71,96 dólares por barril.
Ambos os benchmarks caíram mais de 1 dólar o barril nas negociações anteriores.
Os casos de coronavírus continuaram a aumentar no fim de semana, com alguns países relatando aumentos diários recordes e ampliando as medidas de isolamento que poderiam desacelerar a demanda por petróleo.
A China, maior importadora de petróleo do mundo, também registrou aumento nos casos de Covid-19.
Além disso, a repressão de Pequim ao uso indevido de cotas de importação combinada com o impacto dos altos preços do petróleo pode levar o crescimento das importações da China ao seu nível mais lento em duas décadas este ano, apesar de um aumento esperado nas taxas de refino no segundo semestre.
A forte demanda dos EUA e as expectativas de oferta restrita ajudaram os dois contratos a se recuperarem de uma queda de 7% na segunda-feira passada.
Os mercados globais de petróleo deverão permanecer deficitários, apesar da decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados, conhecidos como Opep+, de aumentar a produção durante o resto do ano.
“Parece que há uma batalha dentro do complexo de energia entre o déficit de abastecimento predominante projetado pela Opep+ e a ameaça da variante Delta da Covid-19 em regiões com baixas taxas de vacinação”, disse o analista da StoneX, Kevin Solomon.