Preços de petróleo devolvem ganhos obtidos com dados chineses e fecham em queda
Os preços do petróleo recuaram nesta segunda-feira, devolvendo ganhos iniciais obtidos na esteira de notícias positivas sobre a economia chinesa e dos cortes de oferta promovidos por grandes países produtores da commodity.
Os valores de referência do petróleo têm avançado de forma constante em 2021, apoiados pelas restrições de produção da Opep+ e pela aceleração na distribuição de vacinas contra o coronavírus, que alimenta expectativas de fortalecimento econômico e da demanda por combustíveis.
Os contratos futuros do petróleo Brent para maio fecharam em queda de 0,34 dólar, a 68,88 dólares por barril.
O petróleo dos Estados Unidos (WTI) para abril recuou 0,22 dólar, a 65,39 dólares o barril.
O crescimento da produção industrial da China acelerou em janeiro-fevereiro, superando expectativas, enquanto a produção diária das refinarias do país avançou 15% em relação ao ano anterior, mostraram dados.
A Arábia Saudita, enquanto isso, reduziu em até 15% o fornecimento de petróleo com carregamentos em abril para ao menos quatro compradores do norte da Ásia.
Já as necessidades mensais das refinarias indianas foram atendidas normalmente, disseram fontes do setor à Reuters na sexta-feira.
Mesmo assim, as cotações foram pressionadas por expectativas de que a tempestade de inverno ocorrida no Texas no mês passado possa continuar dando impulso aos estoques de petróleo nos EUA.
“Há conversas de que, por causa das interrupções de energia no Texas, nós poderemos ver outro aumento nos estoques nesta semana”, disse Phil Flynn, analista sênior do Price Futures Group em Chicago, referindo-se a dados que serão divulgados na terça e quarta-feiras.