Setor Automotivo

Preços de carros elétricos se aproximam de veículos a gasolina

16 dez 2020, 13:56 - atualizado em 16 dez 2020, 13:56
Veículos elétricos
Os custos das baterias caíram quase 90% na última década, de US$ 1.100 por quilowatt-hora em 2010 para US$ 137 neste ano (Imagem: Pixabay)

Veículos elétricos podem custar quase o mesmo que carros movidos a gasolina em apenas três ou quatro anos e poderiam ficar mais baratos após esse período, de acordo com novo relatório da BloombergNEF.

Carros e ônibus elétricos, que são essenciais para combater o aquecimento global, há muito tempo mostram custos iniciais maiores do que veículos movidos a gasolina ou diesel, devido ao custo das baterias.

Mas pesquisadores dizem que a diferença de preço desaparecerá quando as baterias chegarem a US$ 100 por quilowatt-hora, um ponto de inflexão que a BNEF espera ocorrer em 2023, segundo a Pesquisa de Preços de Baterias de 2020.

Os custos das baterias caíram quase 90% na última década, de US$ 1.100 por quilowatt-hora em 2010 para US$ 137 neste ano.

Pacotes desenvolvidos para carros – ao contrário de painéis solares domésticos ou peças para a rede elétrica – custam ainda menos: em média, US$ 126 por quilowatt-hora.

A pesquisa anual da BNEF também encontrou exemplos de baterias para ônibus elétricos na China abaixo de US$ 100 por quilowatt-hora, disse o principal autor do estudo, James Frith. O preço médio para ônibus elétricos na China é apenas um pouco mais alto, de US$ 105.

“Em apenas alguns anos, veremos o preço médio do setor ultrapassar esse ponto”, disse Frith, chefe de pesquisa de armazenamento de energia da BNEF, em comunicado. “Além disso, nossa análise mostra que, mesmo se os preços das matérias-primas voltassem às máximas observadas em 2018, isso apenas atrasaria em dois anos que os preços médios chegassem a US$ 100/kWh, em vez de descarrilar completamente a indústria.

A BNEF prevê que os preços caiam para US$ 58 por quilowatt-hora até 2030. Uma possível maneira de atingir esse preço é a produção generalizada de baterias de estado sólido, que, segundo a BNEF, poderia ser produzida por 40% do custo das baterias de íon lítio atuais.

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