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Preços de alimentos sobem em janeiro puxados por óleos vegetais, diz FAO

03 fev 2022, 10:45 - atualizado em 03 fev 2022, 10:45
Alimentos
O indicador de preços de alimentos teve uma média de 135,7 pontos no mês passado, contra 134,1 revisados ​​para cima em dezembro (Imagem: Pixabay/volzi)

Os preços mundiais dos alimentos subiram em janeiro e permaneceram perto das máximas de 10 anos, liderados por um salto no índice de óleos vegetais, disse a agência de alimentos da ONU nesta quinta-feira.

O indicador de preços de alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), que acompanha as commodities alimentares mais comercializadas globalmente, teve uma média de 135,7 pontos no mês passado, contra 134,1 revisados ​​para cima em dezembro. Esse número foi dado anteriormente como 133,7.

Os preços mais altos dos alimentos contribuíram para um aumento mais amplo da inflação à medida que as economias se recuperam da crise do coronavírus, e a FAO alertou que os custos mais altos estão colocando em risco as populações mais pobres em países dependentes de importações.

A FAO, com sede em Roma, também elevou sua projeção de produção global de cereais em 2021 para 2,793 bilhões de toneladas, versus estimativa anterior de 2,791 bilhões de toneladas, de acordo com suas perspectivas de oferta e demanda de cereais.

A FAO disse que seu índice de óleos vegetais subiu 4,2% mês a mês em janeiro para atingir níveis recordes, devido à redução das disponibilidades de exportação e outras restrições do lado da oferta, especialmente escassez de mão de obra e clima desfavorável.

“Há uma preocupação de que os impactos dessas restrições não diminuam rapidamente”, disse Boubaker Ben-Belhassen, chefe da Divisão de Mercados e Comércio da FAO, em comunicado.

O índice de preços de lácteos da FAO aumentou 2,4%, seu quinto aumento mensal consecutivo, com os ganhos mais acentuados registrados pelo leite em pó desnatado e manteiga.

O índice de preços dos cereais subiu apenas 0,1%, com o milho registrando um ganho de 3,8% no mês, estimulado por preocupações com as condições persistentes de seca na América do Sul, disse a FAO.

Por outro lado, os preços mundiais do trigo caíram 3,1% devido às grandes colheitas na Austrália e na Argentina.

Os preços da carne subiram em janeiro, enquanto o açúcar teve queda de 3,1% em relação ao mês anterior devido, em parte, às perspectivas favoráveis ​​de produção nos principais exportadores Índia e Tailândia, disse a FAO.

A FAO disse que elevou sua projeção para a produção global de cereais em 2021 por causa da produção de trigo maior do que a estimada anteriormente na Argentina e na Austrália, juntamente com estimativas de produção ligeiramente mais altas na Rússia e na Ucrânia.

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