Commodities

Preços das commodities agrícolas podem cair em 2019, segundo AEB

14 dez 2018, 14:39 - atualizado em 14 dez 2018, 14:39

Dados divulgados pela AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil) nesta última quinta-feira (13) preveem queda nos preços das commodities para 2019, sendo a variação mais expressiva a do petróleo, que tende a cair 17,6%. As cotações médias dos óleos combustíveis e do minério de ferro vêm logo em seguida, com quedas de, respectivamente, 7,2% e 5,9%. Somente a celulose está prevista para subir, a 0,9%.

Para a associação, é possível que o ritmo de crescimento do mercado comece a desacelerar por diversos fatores políticos e econômicos. Pelo fato do PIB da China se mostrar mais contido, assim como os problemas econômicos enfrentados pelos países da União Europeia e as consequências provindas do conflito comercial entre o governo norte-americano e o chinês, prevê-se uma retração nos negócios, o que consequentemente irá afetar o preço das commodities.

Exportação

Pela elevação das taxas de juros dos Estados Unidos e o cenário político-econômico interior, a AEB projeta para 2019 uma queda de 7,3% no número de produtos exportados. Serão US$ 220,117 bilhões contra os US$ 237,485 bilhões estimados para 2018.

Dos produtos básicos, a receita pode chegar a US$ 105,2 bilhões, 10,4% abaixo de todo o dinheiro arrecadado neste ano. Arroz e soja em grão tem as maiores variações projetadas – respectivamente, -18,9% e -17,8%. A projeção para os manufaturados também é negativa. Acredita-se que US$ 78,7 bilhões serão faturados e 2019, o que corresponde a um queda de 8,4% em comparação a 2018.

Os semifaturados, em contraposição, podem faturar 2,7% a mais do que o valor apresentado em 2018, fechando em US$ 31,2 bilhões. A borracha sintética e artificial terá a maior variação positiva, de 12,8, enquanto o preço das ceras vegetais tem chance de oscilar -20%.

Importações

Segundo a AEB, as importações podem chegar a US$ 186,360 bilhões no ano que vem, alta de 2,1% sobre os US$ 182,534 bilhões estimados para 2018. A associação também prevê um superávit de US$33,757 bilhões, -38,6% frente aos US$ 54,951 bilhões previstos para este ano.

A receita dos bens de capital pode variar -27%, com previsão de faturamento de US$ 20,9 bilhões contra os US$ 28,6 bilhões de 2018.

Para bens intermediários, de consumo não duráveis e semiduráveis, de consumo duráveis e combustíveis e lubrificantes, projeta-se variações positivas de, respectivamente, 9,7%, 8,2%, 12,7% e 3,8%.