Economia

Preços ao produtor no Brasil caem em fevereiro, para 0,12%, após 12 altas seguidas

09 abr 2025, 9:46 - atualizado em 09 abr 2025, 9:46
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O Índice de Preços ao Produtor (IPP) caiu a 0,12% em fevereiro (Imagem: REUTERS/Ricardo Moraes)

Os preços ao produtor no Brasil encerraram 12 meses de alta e passaram a cair em fevereiro, registrando baixa de 0,12% em relação ao mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (9).

O resultado levou o Índice de Preços ao Produtor (IPP) acumulado em 12 meses a uma alta de 9,41%.

Entre as 24 atividades analisadas, o IBGE apontou que em fevereiro 12 delas apresentaram variações negativas.

As atividades industriais responsáveis pelas maiores influências no resultado do mês foram refino de petróleo e biocombustíveis (0,24 ponto percentual), alimentos (-0,21 p.p.), outros produtos químicos (0,19 p.p.) e indústrias extrativas (-0,16 p.p.).

Em termos de variação, indústrias extrativas (-3,39%), outros equipamentos de transporte (-2,76%), outros produtos químicos (2,41%) e refino de petróleo e biocombustíveis (2,37%) foram os destaques em fevereiro, segundo o IBGE.

“Assim como nos últimos meses, o resultado do IPP em fevereiro foi impactado pela variação cambial”, destacou Murilo Alvim, gerente do índice no IBGE.

No ano até fevereiro, o dólar acumulou queda de 4,25% ante o real em relação ao fechamento de 2024.

O setor de alimentos teve queda de 0,84% em fevereiro, segundo mês seguido com recuo nos preços, mas a alta acumulada em 12 meses chegou a 13,96%, a maior desde julho de 2022 (19,55%).

“É a segunda queda consecutiva de preços em alimentos, que acontece após uma sequência de nove altas consecutivas. Os destaques em fevereiro foram os menores preços das carnes, principalmente as carnes bovinas, que tiveram um maior nível de abates no mês; os preços do arroz, que está com uma oferta aquecida por conta do início da safra; e os preços de derivados da soja, também com oferta em alta, acompanhando o avanço da colheita”, disse Alvim.

“Como esses produtos são exportáveis, a variação cambial também ajuda a explicar esses resultados”, explica Murilo.

O IPP mede a variação dos preços de produtos na “porta da fábrica”, isto é, sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e da transformação.

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reuters@moneytimes.com.br
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