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Preços ao produtor na Zona do Euro aceleram em março

05 maio 2021, 10:07 - atualizado em 05 maio 2021, 10:07
As variações de preços na porta das fábricas são geralmente transmitidas aos consumidores finais e, portanto, prenunciam as tendências na inflação que o Banco Central Europeu (BCE) visa com a sua política monetária (Imagem: Pixabay)

Os preços ao produtor na zona do euro aceleraram conforme o esperado em março, impulsionados pelo aumento nos custos de energia e bens intermediários, mostraram dados nesta quarta-feira, reforçando as projeções de alta da inflação ao consumidor nos próximos meses.

A agência de estatísticas da União Europeia (UE), Eurostat, disse que os preços na porta das fábricas nos 19 países da zona do euro subiram 1,1% no comparativo mensal, com um aumento de 4,3% em relação ao ano anterior, uma máxima de 29 meses. Isso em comparação com as expectativas do mercado de, respectivamente, 1,1% e 4,2%.

As variações de preços na porta das fábricas são geralmente transmitidas aos consumidores finais e, portanto, prenunciam as tendências na inflação que o Banco Central Europeu (BCE) visa com a sua política monetária.

A inflação ao consumidor na zona do euro saltou em abril para uma máxima de dois anos de 1,6%, subindo mais um degrau na escalada acentuada que pode empurrá-la acima da meta do BCE, de cerca de 2%, ainda neste ano.

O BCE previu o aumento, alertando que a inflação pode inclusive ultrapassar sua meta até o final do ano, mas prometeu olhar além do que espera ser um pico temporário em suas decisões de política monetária.

A principal variação dos preços ao produtor em março veio de um salto nos custos de energia, que subiram 10,3% em relação ao ano anterior. Mas mesmo excluindo a energia, os preços ao produtor subiram 2,3% em março, após alta de 1,2% em fevereiro.

Os preços dos bens intermediários registraram um aumento anual de 4,4% em março, após uma alta de 2,5% em fevereiro. O aumento de preços dos bens de capital e de consumo duráveis também aceleraram, enquanto os bens de consumo não duráveis subiram após três meses de queda.

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