Internacional

Preços ao consumidor da China têm leve alta em 2024 devido à fraqueza da demanda

09 jan 2025, 8:40 - atualizado em 09 jan 2025, 8:40
bandeira china
O índice de preços ao consumidor do ano inteiro subiu 0,2%, segundo dados do Escritório Nacional de Estatísticas da China. (Imagem: Pixabay)

Os preços ao consumidor da China quase não subiram em 2024, enquanto os preços nos portões das fábricas chegaram ao segundo ano consecutivo de quedas, mostraram dados oficiais nesta quinta-feira (9), influenciados pela demanda doméstica persistentemente fraca.

Uma combinação de insegurança no emprego, uma prolongada recessão imobiliária, dívidas e ameaças de tarifas do novo governo do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, afetou a demanda, mesmo com Pequim aumentando o estímulo.

O índice de preços ao consumidor do ano inteiro subiu 0,2%, segundo dados do Escritório Nacional de Estatísticas, em linha com o ritmo do ano anterior e bem abaixo da meta oficial de cerca de 3% para o ano passado, indicando que a inflação não atingiu as metas anuais pelo 13º ano consecutivo.

Em dezembro, os preços ao consumidor subiram 0,1% em relação ao ano anterior, desacelerando ante aumento de 0,2% registrado em novembro e o ritmo mais fraco desde abril. Isso ficou em linha com as previsões de uma pesquisa da Reuters com economistas.

Entretanto, o núcleo da inflação, que exclui os preços voláteis de alimentos e combustíveis, subiu ligeiramente para 0,4% no mês passado, de 0,3% em novembro, o maior patamar em cinco meses.

Já o índice de preços ao produtor caiu 2,3% na comparação anual em dezembro, contra queda de 2,5% em novembro e o declínio esperado de 2,4%. Os preços de fábrica permaneceram deflacionários por 27 meses consecutivos.

O aumento do núcleo dos preços ao consumidor e o ritmo mais lento da deflação nas fábricas sugerem que “o estímulo da está dando algum suporte à demanda e aos preços”, disse Julian Evans-Pritchard, chefe da China Economics.

“Porém, como é provável que o estímulo seja de curta duração, acreditamos que a inflação subjacente cairá novamente neste ano.”

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reuters@moneytimes.com.br
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