Preços ao consumidor da China têm leve alta em 2024 devido à fraqueza da demanda
Os preços ao consumidor da China quase não subiram em 2024, enquanto os preços nos portões das fábricas chegaram ao segundo ano consecutivo de quedas, mostraram dados oficiais nesta quinta-feira (9), influenciados pela demanda doméstica persistentemente fraca.
Uma combinação de insegurança no emprego, uma prolongada recessão imobiliária, dívidas e ameaças de tarifas do novo governo do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, afetou a demanda, mesmo com Pequim aumentando o estímulo.
O índice de preços ao consumidor do ano inteiro subiu 0,2%, segundo dados do Escritório Nacional de Estatísticas, em linha com o ritmo do ano anterior e bem abaixo da meta oficial de cerca de 3% para o ano passado, indicando que a inflação não atingiu as metas anuais pelo 13º ano consecutivo.
Em dezembro, os preços ao consumidor subiram 0,1% em relação ao ano anterior, desacelerando ante aumento de 0,2% registrado em novembro e o ritmo mais fraco desde abril. Isso ficou em linha com as previsões de uma pesquisa da Reuters com economistas.
Entretanto, o núcleo da inflação, que exclui os preços voláteis de alimentos e combustíveis, subiu ligeiramente para 0,4% no mês passado, de 0,3% em novembro, o maior patamar em cinco meses.
Já o índice de preços ao produtor caiu 2,3% na comparação anual em dezembro, contra queda de 2,5% em novembro e o declínio esperado de 2,4%. Os preços de fábrica permaneceram deflacionários por 27 meses consecutivos.
O aumento do núcleo dos preços ao consumidor e o ritmo mais lento da deflação nas fábricas sugerem que “o estímulo da está dando algum suporte à demanda e aos preços”, disse Julian Evans-Pritchard, chefe da China Economics.
“Porém, como é provável que o estímulo seja de curta duração, acreditamos que a inflação subjacente cairá novamente neste ano.”