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Preço dos ovos atinge menor valor em 2 anos; quedas devem se manter ao longo de 2024?

15 jan 2024, 14:48 - atualizado em 15 jan 2024, 14:48
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De acordo com especialista do Cepea, maior oferta de ovos em 2024 pode acabar pressionando os valores da proteína(Imagem: Sidrahsana)

No início deste ano, os preços dos ovos caíram para os menores preços desde janeiro de 2022.

Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o recuo é resultado da maior oferta do produto no mercado doméstico e do enfraquecimento das vendas.

Quanto às exportações, os embarques brasileiros de ovos (incluindo produtos in natura e processados) somaram 25,4 mil toneladas no ano passado, quantidade quase três vezes maior que o total escoado em 2022 e a mais alta em 11 anos, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

O aumento das vendas externas é reflexo dos casos de Influenza Aviária, que atingiram plantéis comerciais de diversos países.

Quedas para os ovos devem se manter?

De acordo com o Sidra, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aves e ovos recuaram 6,78% nos últimos 12 meses no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação.

Em Bastos (SP), o preço médio da caixa com 30 dúzias do ovo branco tipo extra, para retirar na granja, é de R$ 132,23 nesta parcial de janeiro, 9,8% inferior ao verificado em dezembro de 2023 e 4,8% abaixo da média de janeiro de 2023.

Juliana Ferraz, analista do Cepea, destaca que o ano de 2023 foi um ano bastante positivo para avicultura de postura brasileira, com o aumento na produção, preços atingindo patamares recordes e exportações em alta.

“Para 2024, a expectativa é de que o setor continue crescendo, embora haja uma maior probabilidade de desafios e riscos. A queda nos preços dos principais insumos da atividade, milho e farelo de soja, somado a valorização dos ovos no último ano, estimulou o aumento da produção da proteína, tendência que deve se manter em 2024. Contudo, essa maior oferta de ovos em 2024 pode acabar pressionando os valores da proteína, tendo em vista que a expectativa é de que a produção cresça em um ritmo acima da demanda”, explica.

Quanto aos riscos e desafios para o setor, Ferraz destaca a potencial crise sanitária ocasionada pela Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), a chamada gripe aviária, caso a doença atinja plantéis comerciais. Além disso, há o risco climático para soja e milho, que pode impactar nos custo de importantes insumos da atividade.

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