Economia

Preço dos combustíveis continua defasado em relação ao mercado internacional; veja quanto deveria custar a gasolina

05 jul 2022, 11:35 - atualizado em 05 jul 2022, 11:36
gasolina
(Imagem: Shutterstock)

No mês passado, a Petrobras promoveu o reajuste dos preços dos combustíveis vendidos às distribuidoras. O litro da gasolina passou de R$ 3,86 para R$ 4,06 por litro – uma alta de 5,18%. Já o litro do diesel subiu 14,26%, de R$ 4,91 para R$ 5,61 .

No entanto, a defasagem dos combustíveis em relação ao mercado internacional continua alta. De acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a defasagem atinge 12% na gasolina e até 5% no diesel.

Isso significa que para equiparar ao mercado internacional, a associação estima que a Petrobras precisaria aumentar em mais R$ 0,40 o litro da gasolina. No diesel, também precisaria de um aumento de R$ 0,22.

Antes do reajuste da Petrobras, a disparidade era um pouco maior: a gasolina tinha uma defasagem de 14%, enquanto o diesel era de 18%. E logo após a mudança de preços, a defasagem passou para 5% e 9%, respectivamente.

Em março, essa diferença de valores ultrapassava os 30%.

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Entenda o PPI

Desde 2016, a Petrobras usa uma política de preços chamada de Preço de Paridade Internacional, ou PPI.

Essa política é baseada nos custos de importação do petróleo, transporte e taxas portuárias. Acontece que, como o próprio nome diz, ela está atrelada ao sistema internacional. Significa que a variação do dólar e do barril de petróleo influenciam nos preços praticados aqui no Brasil.

Só no primeiro trimestre do ano, o preço do barril do petróleo tipo Brent subiu mais de 37%. Já a cotação do dólar avançou 10%. E isso é sentido pelos brasileiros na hora de abastecer o carro.

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