Economia

Preço dos alimentos nos supermercados registra queda de quase 10%, segundo pesquisa

13 out 2022, 13:10 - atualizado em 13 out 2022, 13:11
alimentos
Dados da Abras apontam queda nos preços de alimentos da cesta básica (Imagem: Reuters/Fabrizio Bensch)

O preço dos alimentos nos supermercados registraram queda de 9,89% no último trimestre, de julho a setembro, segundo pesquisa realizada pela Abras, a Associação Brasileira de Supermercados, divulgada nesta quinta-feira (13).

Com isso, o AbrasMercado, indicador que mede a variação de preços, registrou a segunda deflação consecutiva, puxada por produtos básicos.

Em agosto, houve queda de -2,61%, e em setembro, -1,71%. Com isso, o preço da cesta, na média nacional, passou de R$ 757,97 em agosto para R$ 745,03 em setembro.

A cesta do levantamento é composta por 35 produtos de largo consumo, que incluem alimentos, bebidas, produtos de limpeza e itens de higiene e beleza.

Na cesta de 12 produtos, composta por açúcar, arroz, café moído, carne bovina, farinha de mandioca, farinha de trigo, feijão, leite longa vida, margarina, massa sêmola de espaguete, óleo de soja e queijo mussarela, os preços médios caíram de R$ 362,84 em julho para R$ 326,96 em setembro.

“A deflação já começa a ser percebida pelo consumidor nas gôndolas do supermercado, principalmente nos alimentos que foram fortemente impactados pelo conflito no leste europeu, como o óleo de soja e outros derivados das commodities agrícolas. ”, diz vice-presidente da Abras, Marcio Milan.

Segundo os dados da pesquisa, em agosto, houve retração nos preços do leite longa vida (-13,71%), óleo de soja (-6,27%), feijão (-4,78%), tomate (-3,82%), carne bovina – cortes de dianteiro (-1,17%) e açúcar refinado (-1,07%).

Já as principais altas ficaram com a cebola (11,22%), farinha de mandioca (3,98%), batata (2,76%) sabão em pó (2,42%), sabonete (1,94%).

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Aumento do consumo

A pesquisa também identificou aumento acumulado no ano de 2,67% no consumo nos lares brasileiros.

A alta ainda é maior na comparação entre agosto e julho deste ano, com crescimento de 6,12%. Na comparação agosto de 2022 e o mesmo mês do ano passado, a alta é de 7,23%.

“Na conjuntura econômica, o crescimento das vagas de emprego formal, o aumento no valor dos benefícios sociais, como o Auxílio Brasil e queda nos preços dos alimentos contribuíram para o crescimento do Consumo nos Lares”, afirma Milan.

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