Preço do petróleo sugere desescalada das guerras
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As notícias mais recentes têm pressionado a cotação do petróleo para baixo, trazendo-a de volta à sua trajetória “normal” — ou seja, a região onde o preço opera mais influenciado pela oferta e demanda do que por fatores geopolíticos.
Como estava o petróleo no final de 2024?
Vale a pena entender como o mercado se comportava no final de 2024, quando a distribuição de preços (tracejado no gráfico) refletia a média linear do barril e suas bandas de desvio. O cenário era de desaceleração do consumo global de petróleo, combinado com o aumento dos preços da OPEP e políticas públicas nos EUA voltadas à ampliação da produção. Esse contexto sustentava uma visão baixista para os preços.
Com a chegada de 2025, os conflitos em andamento continuavam sem resolução clara, enquanto declarações de Donald Trump sobre México, Canadá e China adicionavam volatilidade ao mercado. Durante o auge do inverno nos EUA, a forte demanda por aquecimento impactou o preço do barril, o que também deve influenciar a inflação de fevereiro. Como resultado, alguns contratos com menor duração chegaram a ser negociados acima de US$ 80.
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O que acontece após a posse de Trump
Após Trump assumir o poder, suas declarações sobre Gaza e a condução do conflito no Oriente Médio levaram lideranças locais a buscar um desfecho mais favorável, iniciando um processo de desescalada da guerra, ainda que não concluído. Em paralelo, o governo americano manifestou interesse em encerrar a guerra entre Rússia e Ucrânia, o que também teve reflexos positivos sobre a oferta global de petróleo.
A tendência é que o preço do barril retorne à região do tracejado central, com oscilações pontuais dependendo dos anúncios da OPEP e dos estoques da AIE, que refletem os movimentos de consumo e produção.