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Preço do petróleo cai diante de aumento nos estoques de gasolina dos EUA

06 dez 2017, 15:21 - atualizado em 06 dez 2017, 15:21

Investing.com – O petróleo intensificou as quedas após dados dos EUA mostrarem forte avanço nos estoques de gasolina, um indicativo de demanda mais fraca.

Em Nova York, o contrato do WTI para entrega em janeiro cai 2,3% para ser negociado a US$ 56,30, menor patamar desde 20 de novembro. Já o Brent, em Londres, perde 2,1%, vendido a US$ 61,56.

A agência de energia dos EUA mostrou que os estoques de gasolina subiram 6,8 milhões de barris na semana passada, frustrando o mercado que apostava em aumento de apenas 1,7 milhão de barris. Os estoques de destilados se elevaram 1,7 milhão de barris, contrariando expectativas de apenas 967 mil barris.

O resultado dos derivados mostra um mercado doméstico menos aquecido, o que impacta em uma possível redução na demanda futura de petróleo pelas refinarias.

Os estoques de petróleo surpreenderam com queda de 5,6 milhões de barris na semana passada, contra consenso de redução de 3,4 milhões de barris. Ontem, o grupo privado API divulgou contração de 5,5 milhões de barris nos estoques.

O estoque comercial total de petróleo do país cedeu para 448 milhões de barris na semana passada, dentro da média para esta época do ano.

Nas últimas semanas, a commodity alcançou os níveis mais altos de mais de dois anos com a expectativa de um maior equilíbrio do mercado global com a renovação até o fim de 2018 do acordo de corte da oferta. Em vigor desde janeiro, o pacto que inclui a Opep, liderada pela Arábia Saudita, e grandes exportadores, como os russos, prevê a redução em 1,8 milhão de barris/dia da produção global.

Na expectativa pelo encontro da Opep que reafirmou o compromisso com o corte, o barril seguiu um rali que levou o Brent da casa dos US$ 45,50 em meados de junho para a máxima de dois anos e meio de US$ 62,13 em novembro, seguido de leve realização.

A maior preocupação dos investidores é a percepção de que os preços atuais estimulam uma produção maior nos EUA, especialmente nos campos de shale. Essas áreas têm comportamento mais dinâmico e podem sem colocadas em operação em poucas semanas, reagindo rapidamente ao aumento do preço.

Essa tendência pode ser mensurada com o número de sondas de perfuração em atividade no país. Em relatório semanal publicado na sexta-feira, a Baker Hughes mostrou que existem 749 unidades em contrato no país, retomando uma tendência de alta em vigor desde maio de 2016, quando pouco mais de 300 sondas estavam em operação. O movimento de alta foi interrompido em setembro, quando sofreu impacto da temporada de furacões no Hemisfério Norte.

A produção dos EUA alcançou 9,68 milhões de barris/dia, volume quase 1 milhão de barris/dia superior a igual período do ano passado. Essa extração adicional representa 55% do plano de cortes da Opep e mina os esforços do cartel de equilibrar o mercado.