Preço do ouro bate novo recorde; entenda o que faz o metal subir
O interesse dos investidores por ouro vem chamando a atenção no mercado, tanto que a cotação do metal já bateu o seu 19º recorde só neste ano, ultrapassando os US$ 2.400.
O seu contrato futuro acumula ganhos de mais de 13% neste ano, sendo negociado nesta segunda-feira (27) por US$ 2.356 a onça troy, medida usada para pesar a commodity, que representa 31,1 gramas.
O motivo para essa procura por ouro? A incerteza sobre o futuro da economia dos Estados Unidos. O mercado começou o ano com a esperança de que o Federal Reserve daria início ao seu afrouxamento monetário ainda no primeiro trimestre.
No entanto, a piora das expectativas de inflação começaram a pesar. Agora, as apostas de um primeiro corte nos juros se dividem entre setembro e novembro, segundo a ferramenta da monitoramento CME FedWatch Tool.
Além disso, também alavanca a commodity a ampliação das reservas de ouro por parte dos bancos centrais. As autoridades monetárias procuram formas de reduzir a dependência do dólar americano — util no caso de uma desvalorização da moeda e também para não ser impactado por eventuais sanções vindas do EUA — e o metal é visto como uma opção segura.
Com isso, as expectativas são de que o preço do ouro avance ainda mais. Segundo o Investing.com, o UBS revisou para cima sua estimativa para o metal, passando de US$ 2.500 para US$ 2.600 por onça até o final de 2024.
A revisão considera que, além da questão do Fed e dos bancos centrais, as incertezas geopolíticas devem aumentar nos próximos meses, com as eleições presidenciais americanas, aumento das tensões comerciais entre os EUA e a China, e continuidade das guerras na Ucrânia e Oriente Médio.