Preço do leite sobe, mas alívio no milho foi pouco para produtor e vacas comem mais agora

Os preços do leite vão continuar em reação nos dois próximos meses, mas o produtor ainda estará trabalhando com margens apertadas, que vem sendo a tônica desde que o milho não parou de ascender.

A Scot Consultoria estima que os preços estão acima 35% a 40% sobre o mesmo período de 2020 e os custos na ordem de 25% a 28% mais altos.

O analista Rafael Ribeiro de Lima não acredita em muito alívio no recuo do milho de maio e de junho. Além de modesto, o período se caracteriza pela entressafra, com pastagens secas, exigindo maior consumo de suplementação das vacas.

E por conta da entressafra, quando cai a captação de leite, o especialista não vê espaço para diminuição do preço leite que chega nas usinas – e daí atravessando a cadeia até o varejo – em junho (referente ao produto entregue em maio) e julho (sobre a junho).

Desde abril a produção leiteira vem baixando e não está havendo correspondência, em volume, da oferta do Sul do Brasil, pelo atraso das pastagens de inverno.

Em maio, a Scot registrou alta de 3,8% para o produtor que vendeu em abril.

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