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Preço das ações ainda não reflete alta do PIB prevista para 2020

22 nov 2019, 20:41 - atualizado em 22 nov 2019, 20:41
Passou batido? Para a Bradesco Corretora, mercado ainda não incorporou alta do PIB ao valor das ações (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

Tudo indica que o PIB do Brasil crescerá 2% no ano que vem. Entre as evidências, está a retomada da construção civil e do setor de serviços, que tradicionalmente utilizam muita mão de obra. Esses setores ajudaram a aumentar o nível de emprego formal nos últimos meses e, por tabela, estimularam a expansão do crédito.

O problema é que, segundo a Bradesco Corretora, o valor das ações ainda não captou a aceleração esperada para o próximo ano. “Em nossa opinião, os preços das ações ainda não refletem nossa perspectiva de crescimento do PIB de 2,0% em 2020”, afirma a instituição, em relatório divulgado aos clientes.

A contrapartida é verdadeira: projeções de desempenho pífio do PIB representariam “um risco negativo” para os ativos brasileiros. Assim, como o mercado sempre procura se antecipar aos fatos, incorporando as expectativas no valor dos papéis, a Bradesco Corretora observa que “a aceleração do PIB poderia melhorar a percepção de risco, expandir múltiplos e estabilizar a curva de juros”.

Efeito duplo

Para a corretora, essa conjuntura impactaria as empresas de dois modos. De um lado, os múltiplos mais elevados “favorecem os setores cíclicos no mercado doméstico”. De outro, o “achatamento da curva de juros favorece ações de empresas boas pagadoras de dividendos, como as empresas do setor de energia elétrica e saneamento.”

Pelas contas da instituição, o P/L do mercado de ações brasileiro já deveria estar em 13,5 vezes “para refletir as taxas de juros mais baixas de longo prazo.” Com base no P/L Morgan Stanley Brasil projeto de 12,3 vezes, a Bradesco Corretora afirma que “as ações brasileiras parecem baratas e devemos priorizar setores não cíclicos, com execução de longo prazo.”

A demanda por ações também tende a ser reforçada pelo deslocamento de parte da poupança interna. A corretora lembra que os fundos de pensão e os fundos de investimentos contam, atualmente, com uma fatia de ações em seus portfólios abaixo da média histórica.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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