Preço da cerveja vai subir 5% em setembro, apontam analistas
As cervejarias Ambev (ABEV3), Heineken e Petrópolis devem aumentar seus preços em 5% em setembro, avaliou o Credit Suisse. Embora a decisão esteja longe de minimizar o impacto de custos maiores, ela é uma maneira eficaz de equilibrar a oferta e a demanda de cerveja até o fim do ano.
Os analistas do banco conversaram nos últimos dias com representantes da indústria sobre o que o mercado pode esperar dos números do terceiro trimestre. Ao que tudo indica, os volumes ainda não se recuperaram.
“O tráfego continua lento, com a maioria dos estabelecimentos tendo que lidar com alguma restrição (limite de capacidade/horário de funcionamento)”, destacou Marcella Recchia, autora do relatório divulgado pelo Credit Suisse aos clientes.
Além disso, a oferta limitada de latas de alumínio pode pressionar as operações das empresas.
“A falta de latas de alumínio no mercado se tornou um risco para a oferta de cerveja daqui em diante”, acrescentou Recchia.
No caso da Ambev e da Heineken, os volumes seguiram uma tendência positiva em julho e agosto. O uso de canais digitais para impulsionar as vendas na pandemia de covid-19 também trouxe vantagens para as duas cervejarias, em especial à Ambev, que conseguiu sair na frente de Petrópolis e Kirin.
A Petrópolis, inclusive, não restabeleceu sua distribuição de cerveja. A companhia perdeu participação de mercado para a Ambev, mas sua posição financeira melhorou após a redução de aproximadamente 10% de sua força de trabalho e a conclusão da construção da unidade de Uberaba.