Precisamos falar de Petrobras (PETR4) se petróleo subir. Gasolina subirá na mesma velocidade da queda?
Tudo ainda é muito incerto por todos os prismas que influem nos preços do petróleo, principalmente quando há a Opep ou a Opep+ (produtores tradicionais mais Rússia) no meio e o Federal Reserve (Fed) pairando em volta.
Mas os produtores de etanol e açúcar devem estar monitorando o cenário e se perguntando se a régua da Petrobras (PETR4) vai mudar de lado com a mesma velocidade com que reduziu a gasolina se e quando o óleo voltar a subir, sobretudo com as eleições chegando e o presidente Jair Bolsonaro vendo certo reforço nas pesquisas eleitorais.
Na expectativa, há os produtores de petróleo ameaçando segurar o bombeamento caso os preços voltem a ficar mais fracos, os estoques dos Estados Unidos dão sinais de queda e ainda se aposta que o Fed possa se mostrar menos agressivo no aumento dos juros a partir do discurso de Jerome Powell em Jackson Hole, depois de amanhã.
Ontem, o barril em Londres saltou mais de 4%, a US$ 100, e a estatal ainda tinha folga de cerca de 2% para reduzir a gasolina na refinaria, ou seja, a paridade com o preço internacional estava acima, de acordo com a Abicom.
Nesta quarta (24), a valorização prossegue – 0,78%, US$ 101, às 9h30 (Brasília) – e acima de US$ 102 começa a virar para defasagem no preço praticado nas refinarias.
O câmbio, com alguma pressão sobre o dólar, ainda é fator contenção, lembra o presidente da entidade dos importadores, Sérgio Araújo.
Quando o petróleo desceu abaixo de US$ 100, até mínimas pré-Ucrânia, a estatal cortou três vezes seguidas os preços praticados às distribuidoras. Na semana passada, segundo a ANP, o valor médio na bomba brasileira ficou em R$ 5,40, em recuo de 5,92%.
Mais o impacto da redução do ICMS para 18% na faixa limite para os estados.
Na mesma semana, o etanol hidratado desidratou 7,65% na usina, depois de aproximadamente 4,5% de baixa acumulada entre o dia 1º e 12 de agosto. Nas distribuidoras os cortes diários foram drásticos e prosseguem desde segunda (22).
Já nos postos, a desvalorização do litro foi de 5,07% de 15 a 19, ao preço médio de R$ 4,680, sendo em São Paulo praticado em torno de R$ 3,89.
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