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É preciso estimular o uso do etanol e olhar para emissão de CO2 dos carros do ‘berço ao túmulo’, diz Stellantis

27 jun 2024, 12:34 - atualizado em 27 jun 2024, 12:50
etanol stellantis
A Stellantis conta com um plano de investimentos de R$ 32 bilhões no Brasil e América Latina entre 2025 – 2030 (Foto: Pasquale Augusto/Money Times)

O vice-presidente de assuntos regulatórios da Stellantis (que produz os carros das marcas Fiat, Jeep, Peugeot e Citroën) na América do Sul, João Irineu Medeiros, disse que a empresa trabalha muito as transições energéticas e que é possível descarbonizar a indústria.

Para ele, o Brasil tem uma matriz energética privilegiada, enquanto a emissão de carbono no setor de carros na Europa é três vezes maior que a brasileira.

“Temos 30% da nossa frota com veículos de baixo carbono, e isso só acontece na Noruega, que conta uma frota mais de 10 vezes menor que a nossa, precisamos estimular o uso do etanol”, disse durante o Global Agribusiness Festival (GAFFFF).

O evento acontece entre quinta (27) e sexta (28) em São Paulo, com organização da Datagro, consultoria agrícola que atua em mais de 50 países, com apoio da XP Investimentos.

Para o executivo da Stellantis, a indústria precisa se preocupar com a emissão de carbono em todas as etapas na produção do carro, do “berço ao túmulo”, já que apenas a produção responde por 10% das emissões de um carro.

A Stellantis conta com um plano de investimentos de R$ 32 bilhões no Brasil e América Latina entre 2025 – 2030. Medeiros ainda ressaltou a importância da reciclagem dos carros.

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Investimentos do PAC

O painel com a Stellantis também contou com a participação da Lais Thomaz, assessora da Secretaria Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia.

Ela falou sobre a incorporação do Renovabio, assim como pela aprovação do “Combustível do Futuro” na Câmara dos Deputados, que aguarda aprovação do Senado e do Programa Nacional do Hidrogênio, além do Mover.

“Dentro do programa do PL do combustível do futuro, temos SAF, diesel verde e biometano. Fora isso, temos muitos investimentos previstos no novo PAC. Há muito motivos para comemorar”, completa.

No entanto, ela ressaltou que ainda é preciso usar os fósseis, porque a demanda segue crescendo. “Mas precisamos repensar o consumo. Devemos liderar a transição energética, liderando o debate no G20 e na COP30 em 2025, assim como nos Brics”, disse.

Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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