Precisa de um braço extra? Tecnologia do ‘Dr. Octopus’ já existe; veja vídeos e fotos
Quem já pensou em ter um braço, ou perna a mais para conseguir dar conta de afazeres, agora pode tornar o sonho realidade, e ainda controlar como se fizesse parte do próprio corpo. A tecnologia de membros mecânicos que fazem uso de inteligência artificial, similar a do vilão do homem-aranha, ‘Dr. Octopus’, está bastante avançada no Japão.
O projeto, que teve início em 2017, mas avançou de forma mais rápida no final do ano passado, separa cinco grupos que estudam diferentes meios e pontos específicos da tecnologia. Entre eles, como ensinar aos membros sobre movimentos humanos, impactos psicológicos no usuário e até integrações neuronais.
O objetivo final é unificar os resultados na criação de uma sociedade com múltiplos membros removíveis e integrados ao corpo humano. Conforme define a imagem, a ideia é poder lavar louça enquanto seca, cortar cenoura enquanto pica cebola.
É claro que, na realidade, as implicações pensadas para a tecnologia podem ser muito maiores, como auxílio a cirurgiões, trabalhadores de campo e até mesmo uma extensão sem fio de um membro, fora do corpo.
O JIZAI Body Project, chamou a tecnologia de “Jizaika”. Confira o trailer da tecnologia desenvolvida pelo projeto:
Me empresta seu braço? Inteligência artificial em membros mecânicos compartilhados
O termo foi criado para classificar a tecnologia que permite com que os humanos se integrem de forma quase orgânica às máquinas e fiquem livres de limitações. A integração é feita por meio de robôs e inteligência artificial.
A ideia é construir um “corpo libertador” que possa se adaptar a uma sociedade superinteligente. O projeto ressalta por diversas vezes a intenção de “manter o senso de autoconsciência” e “ampliar significativamente a possibilidade de ações humanas.”
O senso de autoconsciência é uma parte interessante, já que em comparação com a ficção, o vilão do homem-aranha é controlado mentalmente por seus braços mecânicos. No filme, a inteligência artificial contida nos membros robóticos assume o controle do corpo de um cientista.
“Para realizar o conceito de corpo JIZAI, usamos robótica assistiva, computação vestível, decodificação de informações cerebrais, aprendizado de máquina, realidade virtual, etc”, afirma o projeto.
A pesquisa é realizada por um conglomerado de Universidades e centros de pesquisa do país, como a Japan Science and Technology Agency (JST), The University of Tokyo, Waseda University, Keio University, S Care Design Lab e outras.
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Quem procura acha; quais seriam os efeitos psicológicos?
“A pesquisa examinará as mudanças da mente e da sociedade no corpo JIZAI em sociedades reais e virtuais.”
A declaração acima vem do site oficial do projeto JIZAI. Por meio de estudos no metaverso, e em sociedades controladas, o projeto vai buscar avaliar as mudanças psicológicas na utilização da tecnologia.
Não apenas impactos nos seres-humanos, como também nos membros mecânicos. Essa análise, na realidade, será destinada a um dos cinco grupos responsáveis pela construção do resultado final.
O grupo dois realizará tanto experimentos em pequena escala em laboratórios quanto verificações em larga escala, ou seja, em uma sociedade real, e também em um ambiente virtual.
“As descobertas sobre as respostas psicológicas e as mudanças explícitas e implícitas do comportamento dos usuários serão analisadas com outros grupos para aperfeiçoamento do sistema corporal JIZAI”, descreve.