Colunista Vitreo

Pré-mercado: Vamos jogar pega-varetas

14 jul 2021, 9:00 - atualizado em 14 jul 2021, 9:00
Preparados para inquirir Jerome Powell / Ilha do Medo (2010)

Bom dia, pessoal!

Hoje (14), a conjuntura internacional poderá influenciar diretamente nosso câmbio e nossa curva de juros, paralelamente a uma continuidade da alta da Bolsa derivada, principalmente, do acordo ao redor da reforma tributária, especificamente do trecho que trata do Imposto de Renda – a expectativa é que o texto possa ser votado ainda esta semana na Câmara.

Enquanto isso, o cenário de alta para a inflação nos EUA, seguida por um aperto monetário mais rápido do Fed e o fortalecimento do dólar não é uma boa receita para a Ásia emergente, que sofreu de ontem para hoje com a performance dos ativos.

Adicionalmente, o aumento de casos de Covid-19 na Indonésia, Malásia e Tailândia são outra preocupação.

Algumas partes do Japão também estão vendo um aumento nas infecções por coronavírus, alimentando temores sobre as dezenas de milhares de atletas, dignitários e outras pessoas de cerca de 200 nações que entram no país para as Olimpíadas de Tóquio – os Jogos começam no dia 23 de julho.

Na Europa, as Bolsas abrem em queda, na contramão dos futuros americanos, que sobem nesta manhã.

A ver…

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Desdobramentos novos

Esta quarta-feira (14) é o prazo final para o presidente Jair Bolsonaro sancionar a lei que trata do aumento da CSLL para bancos e o fim do Reiq, benefício tributário para o setor petroquímico – a notícia já está no preço e não deve movimentar muito os mercados.

É também o último dia para o presidente sancionar o Projeto de Lei que autoriza o Banco Central a receber depósitos voluntários das instituições financeiras mediante remuneração.

Tudo isso, porém, é secundário diante dos números do IBC-Br, do Banco Central, a serem divulgados nesta manhã em referência ao mês de maio – o IBC-Br é lido como uma proxy/prévia do que será o PIB brasileiro.

Ainda, em Brasília, a Comissão Especial da Câmara que discute a reforma administrativa realiza audiência pública para debater condições para a aquisição de estabilidade no serviço público.

O tema é de extrema relevância para o segundo semestre e novidades positivas aqui podem ser absorvidas pelo mercado ao longo do pregão.

O acordo democrata

Os democratas do Senado americano anunciaram na noite de ontem (13) que chegaram a um acordo orçamentário prevendo um gasto de US$ 3,5 trilhões na próxima década, abrindo caminho para seu esforço de injetar recursos federais em programas de mudança climática, saúde e serviços familiares buscados pelo presidente Joe Biden.

O acordo marca um grande passo no esforço do partido para cumprir a meta de Biden de impulsionar uma economia que foi devastada pela pandemia e colocá-la no caminho do crescimento de longo prazo.

O acordo segue a parceria entre democratas da Casa Branca e uma ala mais moderada do Partido Republicano em relação ao pacote de infraestrutura física.

É verdade que o acordo ainda precisa passar pelo processo de se tornar lei, e é mais fácil falar do que fazer.

Mas, considerando as articulações realizadas por meses, há uma chance razoável de que a legislação alcance a linha de chegada.

O plano não aumentaria os impostos sobre os americanos de renda média, nem reverteria os cortes de impostos sobre negócios aprovados durante o governo Trump.

O financiamento seria garantido pelo reaproveitamento de fundos federais existentes, parcerias público-privadas e receitas arrecadadas com o reforço da fiscalização.

À espera de novidades sobre a inflação

O presidente do Fed, Jerome Powell, usará seus dois dias de depoimento no Congresso esta semana para enfatizar que não tem pressa em abandonar a postura política fácil do banco central.

Ele falará hoje às 13 horas na Câmara dos Representantes e o mercado prestará atenção adicional depois do susto com os dados de inflação divulgados ontem, que reviveram as expectativas de antecipação do tapering.

Ontem (13), um pequeno número de preços aumentou enormemente – aumentos de preços em si foram observados em praticamente todas as categorias do índice, incluindo serviços e habitação.

Para quem não comprou carro nos últimos meses, entretanto, a inflação pode estar abaixo de 2% contra o ano passado, indicando a natureza restrita dos aumentos de preços.

A partir de agora, os “efeitos de base” que os membros do Federal Reserve têm creditado pelo aumento da inflação ano a ano devem começar a se reverter nos próximos meses.

Anote aí!

Lá fora, continuaremos com a temporada de resultados americana, contando hoje com nomes como Bank of America, BlackRock, Citigroup, Delta Air Lines e Wells Fargo.

Também será divulgado o PPI, Índice de Preços ao Produtor (deve subir 0,5% mês a mês), e o Livro Bege do Fed – é a quinta publicação do relatório em 2021, das oito vezes programadas (o Livro Bege reúne evidências das condições econômicas atuais nos 12 distritos do Federal Reserve).

Por aqui, o mercado acompanha as novidades de Brasília, em busca de novos sinais de para onde as coisas rumam estruturalmente no segundo semestre, além de aguardar a entrega do índice de atividade do Banco Central, o IBC-Br.

Muda o que na minha vida?

Ainda podemos encontrar boas oportunidades em tecnologia verde, apesar do atraso de 2021.

Até agora, o S&P 500 Global Clean Energy Index caiu bem em 2021, contra retornos totais positivos para o MSCI All Country World Index.

Isso representa uma forte retração após uma recuperação de cerca de 140% em 2020, em meio às expectativas de rápido crescimento na produção de energia renovável.

O recuo atual, no entanto, não deverá diminuir o entusiasmo pelos investimentos em tecnologia verde.

Muitas dessas empresas relacionadas com soluções de eficiência energética, tecnologia de bateria, componentes de veículos elétricos e tecnologias facilitadoras, como semicondutores, tiveram menor crescimento do que as firmas de renováveis ​​proeminentes no ano passado.

Elas também devem estar entre as principais beneficiárias de um pacote de infraestrutura trilionário que está tramitando no Congresso dos Estados Unidos.

Fique de olho!

Só a Vitreo tem um CDB atrelado ao CDI acrescido de um “bônus” de 2,5% ao ano.

Sim, trata-se de um CDB que, em três anos, vai render CDI+2,5%, tudo com a garantia do FGC.

Como você lê bastante aqui no Transparência Radical, a alta da inflação tem causado feito com que o Banco Central aumente a taxa SELIC, o que inevitavelmente afeta o CDI.

Investindo nesse título, você trava a rentabilidade do seu recurso a 100% do CDI mais esses 2,5% ao ano de lambuja. É uma bela maneira de proteger parte do seu capital da volatilidade dos próximos 3 anos. Clique abaixo e confira.

[QUERO CONHECER O CDB]

Um abraço,

Jojo Wachsmann