Colunista Vitreo

Pré-mercado: Um dia de cada vez

08 jun 2021, 8:49 - atualizado em 08 jun 2021, 8:49
Ainda nos defrontamos com o peso do gigante problema fiscal brasileiro / Blade Runner 2029 (2017)

Bom dia, pessoal!

Com mais auxílio emergencial à vista, a Bolsa brasileira ameaça quebrar a série de oito pregões consecutivos de alta.

Os EUA ainda ensaiam cautela com dados de inflação, a serem divulgados nesta semana, e a Europa aguarda a reunião de política monetária dos próximos dias.

Por enquanto, as Bolsas sobem no velho continente.

O mesmo não pode ser dito da Ásia, que ainda teme pela nova onda da pandemia, principalmente na Índia. A ver…

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O temor de mais auxílio emergencial

Seguimos no rali derivado do mix entre otimismo com commodities, retomada da economia brasileira e possibilidade de aprovação de algumas reformas.

Diante disso, chegamos a flertar com os 131 mil pontos, no que foi a oitava alta seguida do Ibovespa e a sexta em que batemos o recorde no fechamento consecutivamente – se repetirmos o feito hoje (8), batemos o recorde de 2018, quando ficamos nove pregões consecutivos em alta.

Mas nem tudo são flores e alguns riscos voltaram a incomodar ontem (7) à tarde, os quais podem se repetir hoje.

Depois de uma aparente melhora nas últimas semanas, que evidentemente se refletiu no aumento do apetite por risco, voltamos a atentar aos ruídos fiscais, que surgiram sob os holofotes com as notícias de que o governo federal prorrogaria as parcelas do auxílio emergencial em dois meses, até setembro, nos mesmos valores de R$ 150 a R$ 375 e com igual alcance em termos de público (gasto total chegaria a R$ 18 bilhões). Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, disse não ser ideal estender os pagamentos do auxílio emergencial e que gostaria de aprovar o novo programa social que substituirá o Bolsa Família (Bolsa Família turbinado).

De qualquer forma, o mercado não gostou nada e novas informações nesse sentido terão impacto sobre a performance do dia.

A reunião de hoje sobre a reforma administrativa com líderes da Câmara também tem relevância e pode ser considerada um gatilho macro – na reforma administrativa, inclusão de militares, parlamentares, juízes e procuradores renderia potencialmente R$ 31,4 bilhões aos cofres públicos.

Debates de política monetária no Federal Reserve

Os futuros das ações americanas estão operando de forma mista nesta manhã, com S&P próximo da estabilidade, Nasdaq em alta e Dow Jones em baixa.

Ainda assim, há um arrefecimento no tom negativo das oscilações diárias, mesmo que alguns investidores expressem cautela com sua tomada de decisão.

Os movimentos das ações vêm à medida que os temores de inflação descontrolada diminuem, mas a conversa do Fed sobre a redução do ritmo se acelerou, resultando em sentimentos mistos em Wall Street.

Não faltam números que possam gerar discussões sobre quando o estímulo monetário poderia começar a ser reduzido.

Os dados de inflação ao consumidor, a serem divulgados nesta semana, provavelmente refletirão a forte demanda por carros, eletrodomésticos e outros bens industrializados, com destaque para a retomada do setor de serviços.

Os mercados de ações estão quietos, pois os investidores continuam a antecipar o próximo movimento do Fed.

A baixa volatilidade e o baixo volume de negócios são uma ocorrência frequente na semana que antecede reuniões do Fed, como é o caso agora.

Quem pensou em desigualdade na vacinação pensou certo

Em apenas seis meses, os Estados Unidos vacinaram mais da metade de sua população adulta (mais de 42% da população total).

Trata-se de um feito notável considerando o quanto temia-se que houvesse atrasos no final do ano passado, quando o vírus ainda parecia fora de controle em solo americano.

Contudo, é importante lembrar que a maioria das vacinas foi para as nações mais ricas e apenas 12 países imunizaram mais de 20% de sua população – o Brasil, por exemplo, imunizou (duas doses) completamente apenas pouco mais de 10% de sua população.

Os países de renda média e baixa continuam enfrentando acesso limitado às vacinas, mesmo com o aumento de surtos em algumas regiões do mundo, especialmente em partes da Ásia – no total, o mundo vacinou aproximadamente 6% da população por enquanto, número ainda pouco representativo.

Vacinações mais lentas significam recuperações mais lentas, ameaçando uma retomada econômica global.

Enquanto os EUA estão finalmente começando a compartilhar essas vacinas tão necessárias (nós, brasileiros, também receberemos alguns milhões de doses), o abismo que separa os países ricos dos menos ricos está consideravelmente evidente.

Anote aí!

No Brasil, o noticiário político se aquece novamente com o retorno do atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, à CPI da Covid – a comissão tem sido observada com bastante distanciamento pelo mercado, não acarretando problemas até agora.

As vendas no varejo em abril serão divulgadas hoje, às 9 horas, e prometem testar essa alta fruto do otimismo com o crescimento brasileiro em 2021 – mediana de 2,90% na comparação com o mês anterior.

Lá fora, bastante coisa acontece também. Começamos com relatório sobre perspectivas econômicas do Banco Mundial – se reforçar o otimismo com o PIB brasileiro, poderá nos favorecer.

Na Europa, PIB do primeiro trimestre (terceira leitura) e índice de sentimento econômico balizam a manhã, em tom positivo (ambos vieram acima do esperado).

Nos EUA, a Balança Comercial de abril e mais um relatório de emprego ditarão o humor do dia em termos econômicos.

De noite, preços ao consumidor e ao produto chinês trarão impacto nas Bolsas entre hoje e amanhã.

Muda o que na minha vida?

Você já ouviu falar em Lawrence (Larry para os íntimos) Summers? Trata-se de um dos mais importantes economistas americanos da atualidade, já tendo sido diretor do Conselho Nacional de Economia dos EUA e economista-chefe do Banco Mundial.

Trabalhou também diretamente nas gestões de Clinton e Obama, servindo ao Departamento do Tesouro, hoje comandado por Janet Yellen, nome que vira e mexe mencionamos por aqui.

Pois bem, Summers enviou um severo alerta sobre a inflação para Joe Biden.

Para o economista, Washington deveria pisar um pouco no freio dos estímulos, uma vez que estes podem desencadear uma séria explosão de inflação – ele pertence ao time de economistas que temem uma inflação estrutural depois do processo atual.

Segundo Summers, “a política está exagerando”. Na verdade, o que mais incomoda o ex-burocrata de Washington é a serenidade e complacência que está sendo projetada pelos formuladores de políticas econômicas, de que tudo isso pode ser facilmente administrado.

De fato, os preços de praticamente tudo subiram acentuadamente.

O retorno da inflação é especialmente caro para as famílias de baixa renda, que provavelmente foram as mais afetadas pela pandemia.

Os comentários de Summers foram proferidos no final de maio e agora pesam sobre os dados de inflação a serem divulgados nesta semana, nos EUA, bem como sobre a reunião de política monetária do Fed, que se aproxima a cada dia – provavelmente, corroborando a noção exposta, teremos já presságios de redução de compra de ativos.

Fique de olho!

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O que significa quase SETE vezes mais lucros do que o Índice Ibovespa, como a gente mencionou de início.

Muito embora seja sempre importante lembrar que esses lucros do passado não são garantias de lucros para o futuro. E de que os fundos de investimento possuem características e custos próprios, que podem impactar a rentabilidade se comparados a carteira teórica, por mais que, no médio prazo, as rentabilidades tendam a ser praticamente iguais.

A explicação sobre como isso foi possível em tão pouco tempo vem do mandato exclusivo da Cristiane Fensterseifer, a analista de ações com mais de 15 anos de experiência em mercado financeiro que capitaneia a série Best Ideas, que inspirou o nosso fundo.

Mandato que é, basicamente, uma carta branca do Felipe Miranda, CIO e Estrategista-chefe da Empiricus, para que a Cristiane escolha as ações que julgar como as melhores, dentre as mais de 90 ações indicadas pelos analistas da maior casa de research do Brasil.

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Atenção:

  • Não deixe de ler o regulamento do fundo e seus fatores de risco antes de investir.
  • Antes de investir, verifique se o apetite a risco do fundo está em linha com o seu perfil de investimento.
  • Retornos passados não garantem retornos futuros.
  • Não há nenhuma garantia de retorno.
  • As rentabilidades apresentadas nas comunicações da Vitreo não são líquidas de impostos.
  • A aplicação em fundos de investimento não conta com a garantia do FGC, de qualquer mecanismo de seguros ou dos prestadores de serviço do fundo.

Um abraço,

Jojo Wachsmann