Colunista Vitreo

Pré-mercado: Tirem as crianças da sala

19 maio 2021, 8:56 - atualizado em 19 maio 2021, 8:56
Papo de gente grande / Gente Grande (2010)

Bom dia, pessoal!

Investidores internacionais se amontoam sobre os dados econômicos do dia.

A manhã começa com os preços ao consumidor da Zona do Euro, ainda que menos relevantes que os números da inflação americana na semana passada.

Assunto sério será a ata do Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA, que chamará atenção dos investidores para eventuais mudanças de tom da autoridade monetária, por mais marginais que sejam.

A ver…

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Capitaliza logo, meu amor

Ontem, Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, deu a letra de que a MP da Eletrobras seria votada hoje, quarta-feira (19).

O cronograma fará movimentação na Bolsa e poderá se tornar um fator muito positivo para as perspectivas de retomada de reformas, tema que acabou ficando um pouco esquecido.

Eventualmente, avanços nas discussões das reformas tributária (que de reforma parece não ter nada) e administrativa (essa, sim, interessante), podem também sinalizar um tom mais positivo para o mercado.

A CPI da Covid contará com o depoimento de Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, depois dos rodopios de Ernesto Araújo ontem – o mercado tem dado, por enquanto, pouca importância à CPI.

Problemas para contratar

Enquanto o mercado aguarda ansiosamente a ata do Fed, que poderá dar mais sinais de para onde vai a política monetária nos próximos meses – provavelmente, não haverá qualquer mudança –, investidores começam a observar algumas alterações no mercado de trabalho americano.

Aparentemente, porém, tem ocorrido um fato curioso no mercado de trabalho: ainda que mais de 9 milhões de americanos ainda estejam desempregados e as empresas sigam lutando para contratar conforme a economia retoma, há uma dificuldade em encontrar quantidade suficiente de pessoas.

Em março, as vagas de emprego atingiram um recorde de 8,1 milhões; o número, contudo, ultrapassou as efetivas contratações em mais de 2 milhões. Sequencialmente, em abril, a taxa de desemprego disparou.

Agora, as empresas estão aumentando os salários para atrair trabalhadores relutantes.

Consequentemente, os ganhos médios por hora para funcionários do setor privado aumentaram 21 centavos em abril, rumo aos US$ 30,17.

Entre os motivos potenciais pelos quais os trabalhadores não estão voltando, o mercado tem destacado:

i) o auxílio-desemprego do pacote de estímulos de Joe Biden, em que 42% das pessoas que recebem benefícios ganham mais do que no trabalho anterior;

ii) apenas 60% dos maiores distritos escolares dos EUA foram totalmente abertos em abril, deixando alguns sem creche (pais ficam em casa para cuidar dos filhos); e

iii) os trabalhadores ainda estão preocupados em contrair a Covid-19.

O movimento, entretanto, deve ser diluído nos próximos meses, ajudando nesse meio-tempo a impulsionar salários nos EUA.

Anote aí!

Hoje cedo, o dia começa com o Relatório de Estabilidade Financeira, do BCE, o Banco Central Europeu. Também hoje sai a segunda prévia do IGP-M, índice relevante fornecido pela FGV (que aluga ou é locatário deve conhecer bem).

Hoje, às nove começa o testemunho do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, o que sempre pode gerar algum burburinho para os mercados.

E às 15h o Fed divulga ata da mais recente reunião de política monetária

Muda o que na minha vida?

Desde a máxima, em abril de 2021, quando o bitcoin ultrapassou a marca dos US$ 64 mil, temos observado uma correção acentuada no preço da criptomoeda, com queda superior a 30% desde então, negociando agora por volta de US$ 40 mil.

Entre os gatilhos para tal realização podemos destacar a atuação da Tesla e de Elon Musk, entusiasta da moeda que, durante o primeiro trimestre, anunciou que passaria a aceitar a cripto na compra de seus carros elétricos, ainda adquirindo alguns bitcoins para colocar no caixa de sua companhia (investiu US$ 1,5 bilhão).

Adivinhem só? Ele voltou atrás.

Agora, a Tesla não aceitará mais o pagamento em bitcoin, uma vez que Musk se diz preocupado com o impacto ambiental do uso crescente de combustíveis fósseis para mineração e transações do ativo.

A energia do bitcoin requer muito mais eletricidade do que outras criptomoedas: sozinha, a moeda digital responde por 0,5% do consumo global de eletricidade, mais do que países inteiros como a Argentina.

Ao mesmo tempo, uma única transação de BTC emite a mesma quantidade de carbono que cerca de 1 milhão de transações Visa (o bitcoin consome 707 KWh de energia por transação).

Consequentemente, outras criptos despencam juntos. Como resultado, a dominância do bitcoin (o valor de mercado do bitcoin sobre o valor total do mercado cripto) foi para baixo de 40% – em 2017 ela chegou a bater 35%.

O sinal pode indicar que a moeda digital possa corrigir mais um pouco antes de ficar um pouco mais comportada. Justamente por isso, em uma abordagem responsável de alocação, não é benéfico ter mais de 1% do portfólio em criptos.

Fique de olho!

O primeiro episódio do documentário “Cannabis Act: O decreto de bilhões de dólares” está no ar.

Ao assistir este episódio, você verá a dimensão que a indústria da cannabis tem e ficará impressionado com o tamanho da oportunidade que está se aproximando de você.

Você nunca mais vai ver este setor da mesma maneira.

Se você não se cadastrou para ter acesso ao conteúdo do documentário, você pode fazer isso agora, clicando aqui. Logo após a sua inscrição, você será redirecionado automaticamente para assistir ao primeiro episódio.

O mercado de cannabis já movimenta bilhões de dólares e está prestes a aumentar exponencialmente o seu tamanho. E você vai ver como o Governo dos Estados Unidos pode ter um papel crucial para isso acontecer a qualquer momento.

Se estamos no que eu acredito ser o melhor momento de entrada da história, não faz sentido que você não aproveite este momento.

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[QUERO ASSISTIR AO PRIMEIRO EPISÓDIO]

Um abraço,

Equipe Vitreo