02 ago 2022, 9:50
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atualizado em 02 ago 2022, 9:50
Uma visita indesejada: a ida de Nancy Pelosi a Taiwan tem bagunçado os mercados / Hóspede Indesejado (2019)
Oportunidade do dia
Vai fechar!
O fundo Ibiuna Hedge STH que estava fechado desde agosto de 2021 e reabriu para captação recentemente, irá fechar novamente. Do dia 11 não passa: será o último dia para você entrar neste fundo que rendeu, simplesmente, 218,79% do CDI – se já quiser garantir o seu aporte, clique no botão abaixo:
Rendeu 211% desde o início
Recomendado pela Empiricus, o JGP Strategy reabre nesta terça-feira. O fundo multimercado é da casa comandada por André Jakurski.
– Esta recomendação é válida apenas para o pregão de hoje.
– Caso haja um gap inferior ao alvo parcial, considerar este como novo preço de entrada. Caso haja um gap superior ou igual ao alvo parcial, a operação não deve ser iniciada.
– Assim que o alvo parcial for atingido, o stop deve ser colocado no preço de entrada.
– Se o valor do stop for atingido primeiro, a operação não deve ser iniciada.
Vale lembrar que investimentos em renda variável estão sujeitos a riscos de perda.
Bom dia, pessoal!
No exterior, os mercados globais caem nesta terça-feira, com os investidores temendo que a esperada visita da presidente da Câmara dos EUA Nancy Pelosi a Taiwan possa aumentar as tensões com a China.
Em resposta, as Bolsas asiáticas fecharam predominantemente em queda, apesar de terem tentado, em certa altura do pregão, sustentar uma tímida alta.
Na Europa e nos futuros americanos, as preocupações com a escalada das tensões no Estreito de Taiwan também estão agitando negativamente os mercados.
Além disso, há certa apreensão com algumas falas de membros do Fed ao longo do pregão de hoje, que podem testar a expectativa dos investidores por uma autoridade monetária mais dovish (expansionista), ou pelo menos não tão hawkish (contracionista).
A ver…
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E a atividade brasileira?
No Brasil, que vem acompanhando as tensões internacionais, os investidores estão atentos aos dados de produção industrial de junho, esperados para serem divulgados hoje pelo IBGE.
Se as projeções estiverem corretas, podemos ver a primeira queda do índice depois de quatro meses seguidos subindo.
O dado é importante porque hoje também temos o início da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (a decisão será divulgada amanhã, dia 3, depois do fechamento de mercado).
Um dado de atividade em queda ou até mais fraco do que o esperado favorece a tese pelo fim do ciclo de aperto monetário no Brasil, com uma alta de 50 pontos-base amplamente esperada, colocando a Selic em 13,75% ao ano.
Um dado secundário nesta terça-feira, mas também relevante, é o Índice de Confiança Empresarial de julho, da FGV.
Paralelamente, no contexto político, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), se reúne com líderes partidários para discutir as prioridades para o segundo semestre na Casa legislativa.
Um início importante para a formação de expectativas econômicas
Nos EUA, os investidores temem que a desaceleração das economias avançadas possa se tornar uma recessão.
Por isso, muitos acompanharão os dados de vagas de emprego nos EUA, que devem mostrar um nível moderado, mas ainda forte, de demanda por mão de obra.
As autoridades estão de olho no risco para o mercado de trabalho — se a segurança no emprego enfraquecer, os consumidores podem parar de reduzir a poupança, desacelerar o consumo e desencadear uma queda significativa de atividade.
Além disso, tivemos mais notícias sobre o nível americano de força econômica. A atividade manufatureira caiu para seu nível mais baixo desde junho de 2020, embora ainda esteja em expansão.
O componente de preços do relatório de manufatura também continua crescendo, mas desacelerou drasticamente a partir de junho, um sinal de que a inflação está diminuindo.
Podemos concluir que o setor manufatureiro dos EUA continua em expansão, mesmo que um pouco menos em julho, à medida que os novos pedidos continuam a se contrair, as entregas de fornecedores melhoram e os preços caem para níveis aceitáveis.
Próxima parada: Taiwan
Pela primeira vez em 25 anos uma presidente da Câmara dos EUA visitará Taiwan, ainda que a parada na ilha não esteja no itinerário público de Nancy Pelosi.
O movimento, bastante contestado pela Casa Branca, ocorre em um momento no qual as relações entre os EUA e a China já estão consideravelmente ruins.
O Ministério das Relações Exteriores da China alertou contra o impacto político flagrante da visita planejada de Pelosi à ilha autônoma que a China reivindica como parte de seu território.
Zhao Lijian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, disse que os militares do país não ficarão de braços cruzados se Pequim sentir que sua soberania e integridade territorial estão sendo ameaçadas.
A visita de Pelosi a Taiwan está prejudicando o sentimento entre os investidores hoje.
Em meio às crescentes tensões no Estreito de Taiwan e ao aprofundamento das preocupações sobre uma desaceleração econômica global, teme-se um conflito entre os dois países, em adição ao conflito do Ocidente contra a Rússia.
Anote aí!
Na agenda local, o ministro da Economia, Paulo Guedes, tem reunião com o presidente do Conselho Empresarial Brasil-Estados Unidos da U.S. Chamber of Commerce, Roberto Azevedo.
Além disso, aguardamos uma pesquisa de sucessão presidencial, dados de confiança do empresário e indicadores de atividade produtiva.
No EUA, assim como no Brasil, seguimos com a temporada de resultados. Por aqui, contamos com nomes como GetNet, JSL, Engie, Cielo e Iguatemi.
Já os americanos aguardam pelos resultados de companhia como Advanced Micro Devices, Airbnb, BP, Caterpillar, DuPont, Electronic Arts, Gilead Sciences, Marathon Petroleum, Occidental Petroleum, PayPal, S&P Global, Starbucks e Uber.
Além disso, ainda nos EUA, temos também a pesquisa de vagas de emprego e pesquisa de rotatividade de mão de obra.
A expectativa é de 11,1 milhões de vagas no último dia útil de junho, 154 mil a menos do que em maio. Falas de autoridades monetárias relevantes são igualmente esperadas.
Muda o que na minha vida?
Finalmente, um carregamento de grãos deixou o porto ucraniano de Odesa sob um acordo mediado pela ONU.
O navio Razoni, com bandeira de Serra Leoa, transportou 26 mil toneladas de milho, tornando-se o primeiro navio a deixar o porto desde fevereiro.
Naturalmente, um bloqueio naval russo ainda ameaça as rotas marítimas comerciais da Ucrânia, enquanto ataques de mísseis atingiram vários portos, bem como infraestrutura para armazenamento de grãos — além de liberar grãos que estão atualmente presos na Ucrânia, há outro desafio iminente de como armazenar ou exportar a próxima safra de verão do país, que deve render cerca de 65 milhões de toneladas.
O movimento deve aliviar o mercado de commodities agrícolas globais, suprindo países que já sofriam com a falta de alimento. É um grande feito para a Ucrânia, que tem sido tradicionalmente chamada de “celeiro da Europa”, bem como para muitas nações em desenvolvimento que dependem de seus grãos na África, Oriente Médio e Sudeste Asiático.
Agora, aumentou-se a esperança de que uma emergência alimentar internacional possa ser evitada.
Mais 16 navios de grãos estão aguardando a partida de Odesa, mas muito dependerá se o acordo pode ser mantido ou se as empresas de navegação e seguradoras correm o risco de enviar navios para as águas minadas.
Um abraço,
Jojo Wachsmann
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