Colunista Vitreo

Pré-mercado: Tentando afagar o amiguinho

22 jul 2021, 8:47 - atualizado em 22 jul 2021, 8:47
Observando Brasília à distância: mesmo em recesso, afeta os mercados / Lady Bird: A Hora de Voar (2017)

Bom dia, pessoal!

Nesta quinta-feira (22), os mercados asiáticos foram bem, apesar de a Bolsa de Tóquio estar fechada devido ao feriado – as Olimpíadas começam amanhã (23).

Os mercados europeus abriram mais uma vez em alta, como ontem.

Os futuros americanos acompanham a tendência positiva nesta manhã.

Em termos de movimento, conseguimos observar que os investidores estão oscilando entre o otimismo em relação a uma recuperação global e o desconforto de que ela possa ser atrasada pela disseminação da variante Delta do coronavírus, mais contagiosa – ela continua sendo um risco presente no curto prazo.

A ver…

Que tal uma pequena reforma ministerial?

Segurou um pouco os mercados a notícia de que Bolsonaro estaria planejando uma minirreforma ministerial de modo a transmitir um carinho a seu amigo, o Centrão, fazendo as pazes depois de anunciar o veto ao fundão eleitoral.

Dentro da expectativa, os investidores temeram um enfraquecimento adicional de Paulo Guedes, que possivelmente perderá a pasta do Trabalho, a qual voltaria a ser um ministério independente.

A problemática, somada à arrecadação levemente abaixo do esperado, impediu uma alta mais robusta.

Contudo, gradualmente, o sentimento foi se alterando. Isso porque, além de possíveis mudanças na Economia, o presidente também estaria considerando mudanças na Casa Civil.

Se Ciro Nogueira (PP) for o nome para a pasta, pode ser uma boa notícia para acalmar os ânimos em Brasília, que insiste em ficar sob os holofotes mesmo em recesso – nada podemos fazer senão acompanhar à distância. Com Nogueira, o risco político de curto prazo seria reduzido.

O tema de sempre nos EUA

A inflação continua chamando atenção nos EUA, principalmente devido ao tema estar se tornando cada vez mais politizado.

Ontem (21), o presidente dos EUA, Joe Biden, disse que os preços dos carros estavam voltando aos níveis anteriores à pandemia, o que não é verdade para carros usados, por exemplo.

Em resposta, o líder da minoria no Senado dos EUA, o republicano Mitch McConnell, afirmou que a inflação está elevando o custo de tudo, o que também não necessariamente é verdade, uma vez que apenas um pequeno número de preços está em patamares elevadíssimos (a maioria está alta relativamente ao histórico dos últimos dez anos, mas não em níveis absurdos).

Para fugir à politização do debate econômico, poderemos nos ater aos pedidos de seguro-desemprego semanais.

Com os dados, podemos ter uma sensação mais apurada de crescimento econômico, principalmente sobre o mercado de trabalho, que passa por mudanças estruturais.

Decidindo política monetária

O Banco Central Europeu (BCE) reúne-se hoje para decidir sua política monetária, que não deve ser alterada.

O que importa, porém, como sempre, é o comunicado que acompanha a decisão – ele é ainda mais importante, pois será o primeiro comunicado depois de a autoridade ter estabelecido para si mesma uma nova meta de inflação.

Adicionalmente, vale apontar que a presidente do BCE, Christine Lagarde, vem falando muito ultimamente, visando dar mais transparência para as decisões da autoridade monetária, embora não seja certo que tais intervenções tenham melhorado a compreensão dos investidores sobre o rumo dos juros na Europa.

Assim, resta entender a política de médio prazo, principalmente em relação à redução do nível de compra de ativos.

Anote aí!

Lá fora, podemos acompanhar alguns dados de sentimento econômico na Europa e no Reino Unido, mas nada enormemente relevante para os mercados – o foco por lá é a decisão de política monetária do BCE.

Nos EUA, a temporada de resultados segue quente, com nomes como AT&T, Intel, Twitter e American Airlines marcados para hoje.

Além disso, investidores acompanharam os pedidos de auxílio-desemprego, dado sempre relevante durante a recuperação da economia.

Por aqui, no Brasil, o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o relator da reforma do Imposto de Renda, deputado Celso Sabino (PSDB-PA), participam nesta quinta-feira (22) de evento online promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pela Febraban sobre a reforma tributária.

Adicionalmente, Guedes também apresenta o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias para o trimestre.

Muda o que na minha vida?

Há uma temática adicional na reunião do Banco Central Europeu (BCE) que pode afetar os mercados: suas políticas verdes.

Assim como o Federal Reserve, nos EUA, os europeus têm falado mais e mais sobre como promover uma economia mais verde e inclusiva, além de reduzir a lacuna racial de empregos.

Grosso modo, seria uma nova maneira de atuar para os bancos centrais; isto é, um banco central moderno deve promover a estabilidade como forma de melhorar os padrões de vida, uma vez que, no Ocidente, desde a década de 1970, o padrão de vida médio aumentou menos do que poderia.

Tais políticas, que podem ser apresentadas hoje também, devem ajudar a trazer estabilidade econômica e, em última instância, prosperidade.

Para ilustrar melhor, a mudança climática desestabiliza a atividade econômica real e os preços, enquanto a desigualdade e o preconceito minam o crescimento econômico ao prejudicar a mobilidade da mão de obra e enfraquecer a inovação.

Se essas políticas dos bancos centrais forem adaptadas para reduzir as causas da instabilidade econômica do século 21 e criar um mundo melhor, deveremos ver mais e mais iniciativas como essa.

Fique de olho!

É possível garantir o DOBRO do CDI atual durante 3 anos?

Não é segredo pra ninguém que mais lucros envolvem mais riscos, mas o novo produto disponível na Vitreo contraria essa regra.

Estamos falando de uma novidade que pode entregar lucros preservando os riscos baixos da renda fixa. Em números: +30,53% de rentabilidade líquida, dinheiro direto no bolso, após os 3 anos da aplicação.

Por ano, isso é o equivalente a mais que o dobro do CDI atual (4,15% a.a.), atingindo 9,48% a.a. (228,43% do CDI considerando os 3 anos).

A segurança fica por conta do próprio FGC, instituição financeira que protege este investimento, desde que você faça um aporte de até R$ 250 mil.

É uma oportunidade totalmente fora do radar e bastante atrativa para quem busca multiplicar capital de forma segura.

[Acesse por aqui]

Um abraço,

Jojo Wachsmann

Compartilhar

TwitterWhatsAppLinkedinFacebookTelegram
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar