Pré-Mercado: Seria hoje um dia para recuperação internacional?
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Bom dia, pessoal!
Lá fora, os mercados asiáticos sobem, ignorando o processo de correção de ontem (3), liderado pelas companhias de tecnologia nos EUA. O Hang Seng de Hong Kong subiu 2,7% na volta do feriado do Ano Novo Lunar. O movimento positivo foi acompanhado pelo Nikkei de Tóquio, que sustentou alta de 0,1%, e pelo Kospi da Coreia do Sul, que avançou 0,8%. Outras localidades do Sudeste Asiático também conseguiram se desvincular do estranho humor ocidental, mesmo com a Bolsa de Xangai ainda fechada.
Há uma tentativa insegura de recuperação na Europa nesta manhã, enquanto os futuros americanos apresentam maior convicção na retomada, mesmo que aquém do recuo de quinta-feira, que encerrou a série de quatro dias de vitórias nos EUA. No Reino Unido, a possível troca de primeiro-ministro depois da continuidade do desgaste de Boris Johnson parece não fazer preço nos mercados — o favorito para substituir o atual líder britânico é Rishi Sunak.
A ver…
Acompanhando as movimentações em torno dos combustíveis
A agenda doméstica é esvaziada, o que permite influência internacional novamente — em janeiro, tal exposição ao humor estrangeiro acabou sendo positiva para a entrada de recursos gringos. Nos resta, portanto, acompanhar os desdobramentos das propostas para endereçar a questão dos combustíveis.
Ontem, foi apresentada uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que permite reduzir ou zerar o imposto sobre combustíveis e gás em 2022 e 2023, sem compensação fiscal. A medida vale para o governo federal, Estados, Distrito Federal (DF) e municípios.
Paralelamente, ainda contamos com outra ideia, apoiada por governadores, sobre um fundo de estabilização de preços (proposta mais amistosa para o fiscal e menos agressiva à curva de juros).
Entre as entregas do dia, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgará seus Indicadores Industriais e a Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) publicará os números de produção, vendas e exportações de veículos. São indicadores mais marginais, com menos capacidade de impacto.
Ajustando expectativas
A temporada de resultados do quarto trimestre tem sido tensa mesmo para as grandes empresas de tecnologia. Estamos em um momento volátil para o mercado de ações, e Alphabet, Amazon, Apple, Meta e Microsoft não ficaram imunes a isso (o peso combinado desses nomes é de mais de 25% do S&P 500). As preocupações com o aumento das taxas de juros fazem parte da volatilidade; contudo, a normalização da política monetária, no final do dia, é saudável.
Surpresas à parte, as cinco gigantes americanas continuam surpreendentemente lucrativas. Elas entregaram juntas US$ 99 bilhões em lucro líquido no quarto trimestre de 2021, com US$ 422 bilhões em receita ao todo. Apesar do patamar combinado impressionante, o resultado de Meta chamou a atenção negativamente, ajudando o Nasdaq a cair quase 4% ontem, em seu pior dia desde setembro de 2020.
Na quinta-feira, o valor de mercado da Meta (ex-Facebook) caiu mais de US$ 230 bilhões (-26,39%), o que representa a maior perda de market cap em um só dia para uma empresa dos EUA. Para se ter uma ideia, existem apenas cerca de 30 empresas do S&P 500 que valem mais do que a perda das ações da Meta ontem — foi aproximadamente o triplo do valor combinado dos concorrentes no segmento de mídias sociais (como Snap, Twitter e Pinterest).
Para recuperar um pouco da queda generalizada de ontem, a Amazon reportou seu resultado trimestral após o mercado, permitindo certo alívio. Já no after-market de quinta-feira, as ações subiram 17%, o que poderá impulsionar a retomada dos mercados americanos no pregão de hoje. A volatilidade (o sobe e desce), porém, deverá diluir o efeito riqueza experimentado nos últimos anos.
O aperto monetário europeu
Ontem, o Banco da Inglaterra aumentou sua principal taxa de juros pela segunda vez seguida, elevando-a 25 pontos-base, para 0,5% ao ano. Adicionalmente, a autoridade monetária também indicou que, assim como nos EUA, deverá encolher seu balanço patrimonial ao longo de 2022, retirando ainda mais liquidez do mercado. Sabemos que o BoE está à frente de outros grandes bancos centrais no mundo desenvolvido no combate à inflação, que poderá bater 6% ainda neste ano.
Mas o movimento mais hawkish não foi isolado na Europa. Para a surpresa dos mercados, o Banco Central Europeu, apesar de ter decidido manter sua taxa básica inalterada em -0,5%, engrossou o tom. Em resposta aos níveis mais alarmantes de inflação, a autoridade europeia sinalizou movimentação mais hawkish (contracionista), reforçando que deixaria de comprar ativos sob seu programa quantitativo no próximo mês. O mercado entende o BCE como o mais relaxado dos BCs em relação à política monetária. Assim, eventuais surpresas aqui podem fazer preço.
Anote aí!
O destaque do dia na agenda internacional é a entrega do payroll nos EUA. O relatório de empregos de janeiro deve ser afetado pela última onda de Covid-19, com um ganho previsto de 165 mil empregos não-agrícolas, após um ganho de 199 mil em dezembro. A taxa de desemprego deve permanecer em 3,9%.
Mais interessantes talvez sejam os dados sobre os ganhos médios por hora dos trabalhadores em janeiro, que devem subir 0,5% no mês, para um aumento de 5,2% na comparação anual. Tais dados são importantes para o Fed, que está dependendo de dados para decidir seus próximos passos.
Muda o que na minha vida?
Os preços da energia continuam muito elevados e a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e outros grandes produtores aliados (Opep+), como a Rússia, enfrentam uma pressão crescente para intervir e aumentar ainda mais a oferta. Não foi o caso desta semana, quando os países membros se reuniram na quarta-feira.
A Opep+ implementou cortes de produção em 2020, depois que uma guerra de preços prejudicial entre Rússia e Arábia Saudita no início da pandemia acelerou uma queda nos preços do petróleo. Entretanto, desde o ano passado, o grupo tem se movimentado para desfazer esses cortes, aumentando a produção nos incrementos mensais de 400 mil barris por dia, que estão sujeitos à aprovação de suas periódicas reuniões.
A capacidade sustentável de longo prazo da Opep+ é de 4,9 milhões de barris por dia, o que seria mais do que suficiente para satisfazer os 3,3 milhões de barris por dia de crescimento da demanda esperado em 2022, mesmo sem um aumento na produção dos EUA. O problema é que a capacidade ociosa não é distribuída uniformemente pela organização, com quase 45% pertencente à Arábia Saudita e cerca de 25% pertencente aos Emirados Árabes Unidos.
Com a manutenção dos mesmos 400 mil barris por dias adicionais para o mês de março, os preços do barril prometem permanecer pressionados, podendo buscar os US$ 100 muito em breve, ainda no primeiro semestre de 2022. Ajuda o fato de que sequer os 400 mil adicionais tenham sido cumpridos (a produção dos países da Opep+ aumentou apenas 250 mil barris por dia em dezembro, ou 63% da meta declarada do grupo), o que aqueceu ainda mais o mercado.
Um abraço,
Jojo Wachsmann