25 abr 2022, 8:14
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atualizado em 25 abr 2022, 8:14
Investidor desolado refletindo sobre o que pode vir a ser mais uma semana difícil / O Gângster (2007)
Oportunidade Do Dia
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Trade do Dia
Após o fechamento do último pregão, identifiquei uma oportunidade de venda para os papéis da Vale (VALE3)
O ativo está em tendência de baixa e apresenta uma forte pressão vendedora.[ACESSAR O HOME BROKER]
1) Esta recomendação é válida apenas para o pregão de hoje.
2) Caso haja um gap de baixa na abertura, considerar este como novo preço de entrada.
3) Assim que o alvo parcial for atingido, o stop deve ser colocado no preço de entrada.
4) Se o valor do stop for atingido primeiro, a operação deve ser encerrada imediatamente.
Bom dia, pessoal!
Lá fora, ações, futuros e commodities afundam nesta segunda-feira (25), com os investidores avaliando o agravamento da situação de Covid na China e o potencial de aumentos mais agressivos das taxas de juros arrastando o crescimento.
Sobre o primeiro tema, o governo chinês ordenou testes obrigatórios de Covid em um distrito de Pequim e bloqueou algumas áreas da capital, correndo para evitar a repetição do surto que prejudicou Xangai por semanas (na China, o índice de Xangai caiu cerca de 5%).
Os futuros americanos e os mercados europeus também amanhecem mal, acompanhando a mesma tendência asiática.
ADRs brasileiras no exterior seguem o movimento negativo, indicando um dia igualmente difícil por aqui, diante dos ruídos político-institucionais (menos relevantes) e da problemática fiscal (mais relevante), levando em conta as temáticas de Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) 2023, Auxílio Brasil e reajuste salarial para o funcionalismo público federal em ano de eleição.
A ver…
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Contagem regressiva para o Copom da semana que vem
Os investidores brasileiros estão contando os dias para a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para a quarta-feira da próxima semana (4 de maio), no mesmo dia em que o Federal Reserve (Fed), nos EUA, se reúne para também decidir sobre sua taxa de juros por meio do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês).
Neste meio tempo, podemos nos entreter com a prévia da inflação oficial, o IPCA-15 de abril, e o IGP-M do mês, ambos podendo delinear melhor as expectativas para os próximos passos do BC sobre a Selic.
No pano de fundo da súbita piora do cenário externo (Covid na China, guerra na Ucrânia e aperto monetário nos EUA), o ambiente eleitoral completo aqui no Brasil e os riscos fiscais começam a fazer preço sobre os ativos, em especial sobre a curva de juros, com investidores temendo esgarçamento adicional do Orçamento brasileiro.
Sobre as condições políticas de Brasília, ainda repercute o indulto do presidente Jair Bolsonaro ao deputado Daniel Silveira, mas que perde força de resposta pelo Supremo, uma vez que a atuação de Bolsonaro, ainda que polêmica, está dentro de seus poderes.
E pode botar resultados corporativos na conta
Nos EUA, a semana mais movimentada da temporada de resultados do primeiro trimestre chegou.
Mais de 165 empresas do S&P 500 estão programadas para divulgar seus resultados para os primeiros três meses de 2022 até sexta-feira (29), inclusive as gigantes de tecnologia como Apple, Amazon, Microsoft, Alphabet e Meta Platforms.
A temporada de ganhos até agora tem sido um pouco equilibrada entre alguns resultados positivos (como o de Tesla) e grandes decepções (Netflix, por exemplo).
Outros grandes nomes para a semana incluem Coca-Cola, Activision Blizzard, General Electric, Visa, General Motors, PepsiCo, Warner Bros. Discovery, Boeing, Ford Motor, PayPal Holdings, Qualcomm, T-Mobile US, Intel, Twitter, Caterpillar, Mastercard, McDonald’s, Chevron e Exxon Mobil.
Além da temática de resultado, também esperamos para saber mais sobre os próximos passos do Fed. Para isso, teremos o índice de gastos do consumidor, o PCE, que mostrará nesta semana as condições de preços nos EUA.
O indicador é o favorito da autoridade americana para sua condução de política monetária e poderá reforçar a retórica de que o Fed terá que acelerar o aperto monetário.
Agora, os membros do Fomc estarão em um período de maior silêncio nos dias que antecedem a reunião da semana que vem.
Entre os agentes de mercados, vários já esperam que o Fed suba a taxa dos fundos federais em 50 pontos-base nas próximas três reuniões e em 25 pontos depois, até que atinja 3,50% ainda no segundo trimestre de 2023.
Outros, mais pessimistas, preveem aumentos de 75 pontos-base nas reuniões de junho e julho, após um aumento de 50 pontos em maio.
A vitória de Macron
O presidente francês Emmanuel Macron venceu a eleição contra a desafiante de direita, Marine Le Pen, algo já bem esperado nos mercados desde o primeiro turno das eleições.
Com a vitória (58,5% dos votos para o incumbente), Macron se torna o primeiro presidente da França reeleito desde Jacques Chirac, que assumiu o poder em 1995.
Com a vitória de Macron, é mais provável que a Europa avance com sanções ao petróleo russo, aos moldes do fizeram os EUA, o que pode ter impacto nas economias do bloco e no preço do petróleo.
Além disso, o movimento consolida por mais cinco anos uma visão mais pró-euro em um dos mais importantes players econômicos do mundo.
Anote aí!
Lá fora, a pesquisa da IFO alemã sobre o sentimento dos negócios é aguardada, enquanto investidores também esperam a pesquisa do setor manufatureiro do Fed de Dallas, nos EUA.
Para a semana, ainda em território americano, dados econômicos importantes incluem o Índice de Confiança do Consumidor para abril e a estimativa antecipada para o produto interno bruto do primeiro trimestre na quinta-feira (28).
Por aqui, os presidentes de PSDB, MDB, União Brasil e Cidadania e os pré-candidatos do grupo (João Doria, Simone Tebet e Luciano Bivar) se reúnem para discutir a possibilidade de aliança.
Em Brasília, na Câmara, pode ser votada a MP que trata do Auxílio Brasil.
Na agenda, a Confederação Nacional da Indústria divulga Sondagem Indústria da Construção.
Muda o que na minha vida?
O gatilho internacional para as realizações ao redor do mundo tem sido a elevação da curva de juros em âmbito global, inclusive no Brasil novamente, como aconteceu no segundo semestre de 2021, mas em especial nos EUA, que acaba tendo influência sobre os mercados do mundo inteiro.
Na última semana, o rendimento (yield) do título do Tesouro dos EUA de 10 anos flertou com 3%, nível não visto desde 2018 e que deverá ser alcançado muito em breve.
Ainda mais importante, o rendimento real do título (ajustado pela inflação) atingiu 0% na semana passada, pela primeira vez desde as primeiras semanas da pandemia.
A taxa nominal cotada em um instrumento consiste em uma taxa real mais a inflação prevista ao longo da vida do veículo de investimento.
A inflação esperada, por sua vez, é calculada pela dedução do rendimento real dos títulos do Tesouro protegidos contra a inflação do rendimento nominal da nota do Tesouro.
Taxas de juros reais positivas estão associadas a condições financeiras mais restritivas, que é o que o Fed está tentando promover para conter a inflação.
Em outras palavras, os rendimentos dos títulos estão finalmente se tornando reais.
Estamos chegando ao ponto em que a política monetária está provocando mudanças nos mercados que vão realmente começar a restringir a atividade econômica.
