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Pré-Mercado: Se for para sofrer, que seja com classe

24 ago 2022, 8:37 - atualizado em 24 ago 2022, 8:37
O sentimento do investidor parece distante: para onde foi o entusiasmo? | Retrato de uma Jovem em Chamas (2019)

Oportunidade do dia

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[QUERO INVESTIR AGORA]

Trade do Dia

Por Nilson Marcelo, analista quantitativo de ações da Vitreo

Após o fechamento do último pregão, identifiquei uma oportunidade de swing trade baseada na análise quant – compra dos papéis de BrasilAgro (AGRO3).

AGRO3: [Entrada] R$ 27.73; [Alvo parcial] R$ 28.50; [Alvo] R$ 29.65; [Stop] R$ 26.43; [Ganho esperado] 6.92% 

“O desempenho do ativo em diversas janelas temporais indica a possibilidade de ganhos no curto prazo com o rompimento da máxima do dia anterior.”

Recomendo a entrada na operação em R$ 27.73, um alvo parcial em R$ 28.50 e o alvo principal em R$ 29.65, objetivando ganhos de 6.92%.

O stop deve ser colocado em R$ 26.43, evitando perdas maiores caso o modelo não se confirme. 

[QUERO NEGOCIAR O ATIVO]

Aproveito para convidá-lo a se inscrever no meu canal do YouTube. Todas as quintas-feiras, a partir das 19h30, converso com Robert Machado sobre análise quant, estratégias e perspectivas futuras para quem opera swing e day trade. O link é esse aqui. Participe também do grupo do Telegram e fique por dentro de todas as recomendações.

Operações anteriores:

– LWSA3: recomendação de ontem atingiu o alvo parcial, gerando ganhos de 2.6% em menos de uma hora após o sinal de entrada.

Observações sobre a operação:

– Esta recomendação é válida apenas para o pregão de hoje.

– Caso haja um gap inferior ao alvo parcial, considerar este como novo preço de entrada. Caso haja um gap superior ou igual ao alvo parcial, a operação não deve ser iniciada.

– Assim que o alvo parcial for atingido, o stop deve ser colocado no preço de entrada.

– Se o valor do stop for atingido primeiro, a operação não deve ser iniciada.

Vale lembrar que investimentos em renda variável estão sujeitos a riscos de perda. 

Bom dia, pessoal!

Lá fora, os mercados asiáticos fecharam em queda nesta quarta-feira (24) após o difícil pregão de ontem para as ações globais, com o euro voltando a sofrer pressões em relação ao dólar e os investidores aguardando notícias sobre os próximos aumentos das taxas de juros dos EUA — o Simpósio de Jackson Hole é o evento da semana.

Os mercados europeus abrem o dia caindo, paralelamente à tentativa de estabilidade dos futuros americanos, que também flertam com o negativo, pelo menos por enquanto. O Brasil tem espaço, entretanto, para se desvencilhar dessa realidade, como fez ontem, impulsionado pelas commodities, as quais voltam a subir hoje.

A ver…

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Na expectativa pela prévia da inflação oficial

Hoje, os investidores locais estão na expectativa pela apresentação da prévia da inflação oficial de agosto, o IPCA-15. Espera-se que tenhamos uma deflação de 0,82% no mês, que seria recorde em termos de queda dos preços para o período, maturando os pacotes legislativos aprovados em Brasília recentemente.

Os ativos brasileiros, assim como fizeram no primeiro trimestre e no início do terceiro, têm espaço para se descolarem da realidade mais complicada internacional. Uma deflação mais forte hoje reforçaria a ideia de que o ciclo de aperto monetário acabou, influenciando os ativos de risco a prosperarem.

A pressão segue acontecendo

Nos EUA, os mercados continuam sendo impulsionados por fatores macroeconômicos, em especial os relacionados com as mudanças nas taxas de juros, nos preços de commodities e nas expectativas de crescimento econômico. No primeiro semestre de 2022, esses valores foram quase uniformemente negativos.

O mercado de trabalho continua forte, apoiando os gastos do consumidor e possivelmente a economia em geral. Ao mesmo tempo, a inflação anual continua elevada, mesmo que o ritmo dos aumentos de preços tenha desacelerado. Ainda assim, restam dúvidas sobre os próximos passos do Federal Reserve.

Além disso, há muita preocupação sobre como os membros do Fed se sentem sobre a coisa toda — a ata da reunião de julho do comitê do banco central americano e várias falas de autoridades do Fed nas últimas semanas mantiveram o tom hawkish (contracionista), apesar do sentimento do mercado apontar para um relaxamento.

Assim, todos os olhos estarão voltados para os comentários que serão ditos durante o Simpósio Econômico Jackson Hole, com destaque para a sexta-feira de manhã, que contará com a fala de Jerome Powell, presidente do Fed. Tudo para saber o que vai acontecer na próxima reunião de 20 a 21 de setembro,

A fraqueza do euro

A moeda europeia voltou a cair para baixo de US$ 1,00. Fazia mais de 20 anos desde que o euro não via um momento tão frágil como o que se vê agora. Mesmo com os dados fracos da economia americana ontem e a expectativa de uma nova alta de 50 pontos-base para a próxima reunião do BCE, o euro segue perdendo espaço.

Parte disso também se relaciona com a força do dólar, que vem se valorizando em meio ao ciclo de aperto monetário nos EUA. Nesta semana, por exemplo, a moeda tem se apreciado na expectativa de um discurso hawkish na sexta-feira por parte do presidente do Fed, Jerome Powell.

Taxas de juros mais altas impulsionam a moeda americana, pois tornam a dívida denominada em dólar mais atraente para os investidores, enquanto o euro vem sendo pressionado por uma perspectiva sombria para a economia da zona do euro, já que a guerra na Ucrânia criou uma crise energética e a seca pode criar uma alimentar.

Anote aí!

Na agenda internacional, contamos com as vendas pendentes de imóveis em julho nos EUA, bem como as encomendas de bens duráveis para o mesmo mês. No Brasil, temos pesquisas de intenção de voto para presidente e para governadores. Entre os dados econômicos, destaque para o IPC-S Capitais da 3ª quadrissemana de agosto e o IPCA-15 de agosto, que deve registrar grande deflação.

Muda o que na minha vida?

Várias regiões do mundo estão sendo atingidas por uma seca bem severa. Acredita-se que os períodos de seca se devem em parte aos padrões climáticos sazonais, como La Niña, mas também estão relacionados às consequências da degradação da terra e das mudanças climáticas.

Consequentemente, o processo vem afetando as maiores economias do mundo, causando paralisações de fábricas na China, atrasos nos envios na Europa e redução da produção agrícola nos EUA. No gigante asiático, por exemplo, a província chinesa de Sichuan anunciou que estenderá os cortes de energia industriais e ativará sua maior resposta de emergência, impactando vários fabricantes globais.

O vital Yangtze, o rio mais longo da Ásia, atingiu seu nível mais baixo já registrado em agosto, afetando o fornecimento de energia hidrelétrica e causando escassez generalizada. Enquanto isso, na Europa, os navios de carga tiveram que reduzir suas cargas devido aos níveis criticamente baixos do Reno. Separadamente, nos EUA, os agricultores devem perder mais de 40% da safra de algodão, enquanto muitos acres de terras agrícolas estão sendo deixados sem plantio por causa da escassez de água. 

Temos dois desdobramentos práticos. O primeiro é que as commodities agrícolas podem voltar a ganhar força no mundo, mesmo depois de um excelente primeiro semestre. Em segundo lugar, a situação pode aumentar os preços da energia, já que as energias hidrelétrica e nuclear sofrem impacto de oferta devido aos níveis mais baixos de água. Assim, cria-se uma janela para que façamos investimentos em veículos como o Vitreo Agro, Vitreo Energia Limpa e Vitreo Petróleo.

Um abraço,

Jojo Wachsmann

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